quarta-feira, 21 de março de 2012

Mini-curso História Ambiental na Anpuh-RJ

Informo aos amigos que propus um mini-curso na Anpuh-RJ que acontecerá entre os dias 23 e 27 de julho. As inscrições em MC estão abertas até 30 de junho. A ementa é a seguinte:

O mini-curso tem por objetivo analisar em uma perspectiva histórica as relações existentes entre a natureza e a sociedade apresentando como esse tipo de abordagem pode contribuir para o trabalho de professores e pesquisadores do passado e estabelecer diálogos com outras disciplinas, além de considerar que o tema se encontra na ordem do dia.
Assim, o mini-curso será divido em três partes principais: na primeira parte apresentaremos os fundamentos teóricos da história ambiental, como a historiografia tem se comportado diante desse tipo de estudos, seus principais autores e as diferentes formas de abordagem e temas de investigação; no momento seguinte, será discutida a metodologia de pesquisa da história ambiental, apresentando alguns documentos históricos, formas de extrair ecologia dessas fontes e construção e desenvolvimento de projetos de pesquisa nessa área; na terceira parte será destacada a relação entre meio ambiente e o ensino de história, discutiremos como esse tipo de conhecimento pode ser incorporado no cotidiano da sala de aula, sugerindo recursos que dinamizem o ensino de história como cinema, literatura, obras de arte e aulas ao ar livre, além de fazer com que a história dialogue com outras disciplinas como a química, biologia e geografia.
Utilizaremos como fundamento de nossas apresentações os conceitos e a metodologia de pesquisa propostos por Donald Woster, Alfred Crosby, José Augusto Pádua, José Augusto Drummond e Paulo Henrique Martinez, destacando os trabalhos e resultados recentes desse tipo de pesquisa no Brasil.
Diante da importância do tema “meio ambiente” em nossa sociedade, o mini-curso pretende apresentar a história ambiental como uma forma atual, dinâmica, interdisciplinar e enriquecedora para a pesquisa acadêmica e o ensino de história em sala de aula (conectando o trabalho acadêmico e a realidade escolar).
Programa: 24/07 (ter) – Natureza e sociedade: fundamentos teóricos
O que é história ambiental?
A história ambiental como campo de estudo: construção, desenvolvimento e estágio atual;
Conceitos de natureza e a historiografia;
Principais autores em história ambiental

25/07 (qua) – Natureza e história: metodologias de pesquisa
Os três níveis de pesquisa em história ambiental
Extraindo ecologia de documentos históricos
Alguns temas fundamentais
Elaboração de projeto de pesquisa em história ambiental

26/07 (qui) – Natureza e o ensino de história
Diálogos transdisciplinares: história, geografia e as ciências naturais;
O aluno, a experiência real presente e o estudo do passado;
Dinamizando o ensino: história e natureza no cinema, literatura e outras artes;
Uma aula diferente: aprendendo história ao ar livre.

terça-feira, 13 de março de 2012

2° Simpósio Internacional de História Ambiental e Migrações - SC

O Programa de Pós-Graduação em História e o Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas da Universidade Federal de Santa Catarina, através do Grupo de Pesquisa Laboratório de Imigração, Migração e História Ambiental (LABIMHA), têm o prazer de convidar colegas pesquisadores para submeterem propostas de trabalho para o 2° Simpósio Internacional de História Ambiental e Migrações. O Simpósio acontecerá em Florianópolis, Santa Catarina, Brasil, de 17 a 19 de setembro de 2012. O local do evento será a Universidade Federal de Santa Catarina.

Neste 2° Simpósio serão tratadas várias temáticas de História Ambiental e Migrações, contemplando diferentes períodos e regiões do globo. Como uma das características da História Ambiental, o Simpósio está aberto a pesquisadores de todas as disciplinas e backgrounds.

A língua oficial do evento é o português, mas trabalhos em espanhol e inglês serão aceitos também. As propostas devem ser submetidas através do nosso sistema online.

Todos os trabalhos submetidos serão analisados pela Comissão Científica e devem atender a um dos temas abaixo:

1. Migrações e expansão inter- e intracontinental de espécies animais e vegetais
2. Agricultura, pecuária e impactos ambientais
3. Migrações e a saúde nos trópicos
4. Águas: usos e representações
5. Discursos, ideias e percepções sobre o meio ambiente
6. Ambiente e saberes de comunidades tradicionais
7. Desastres ambientais e políticas públicas

quinta-feira, 8 de março de 2012

Iva Rothe apresenta projeto “Aparecida” em homenagem ao Dia Internacional da Mulher

“Toda mulher é, ou não, aparecida?”. A pergunta guarda uma singela expressão do linguajar típico do caboclo do Pará, ao falar de alguém que gosta de se mostrar ou aparecer em público, e é também o mote do espetáculo “Aparecida”, da cantora paraense Iva Rothe, que a artista apresenta nesta sexta-feira (09), às 11h, ao vivo no programa Conexão Cultura “Especial Dia da Mulher”, da Rádio Cultura. A programação será transmitida ao vivo pela rádio, TV e Portal Cultura e terá apresentação de Betty Dopazo.

Os traços da linguagem amazônica, principalmente a fala das mulheres paraenses, são a marca do projeto que deu origem ao álbum “Aparecida”, que é o terceiro álbum de Iva Rothe. No show dessa sexta-feira, a cantora, compositora e pianista apresenta músicas autorais como “Aparecida”, “Fortuna Real” e “Água”, além de interpretar o mantra indiano “Gurudeva” e a canção “Luz do mundo”, de Manoel Cordeiro e Ronery.

A apresentação terá a participação dos músicos Pio Lobato (guitarra), Ulysses Moreira (bateria), Príamo Brandão (contrabaixo), Marcio Jardim (percussão), Lenilson Albuquerque (teclado e sampler) e da cantora Adriana Cavalcante, convidada de Iva na música Sereia.
O significado da programação, feita para homenagear as mulheres paraenses, tem encaixe perfeito na temática do recente trabalho da cantora. “Poder apresentar o show Aparecida, no Conexão Cultura, nessa edição especial de Dia das Mulheres, significa compartilhar com todo o Estado do Pará um trabalho paraense, gravado no Pará e com mulheres da região. O projeto foi feito a partir da fala de mulheres paraenses, ou seja, esse é um trabalho cujo foco é o feminino amazônico”, comenta Iva.

Carreira - O álbum “Aparecida”, lançado em 2010, é o terceiro CD de Iva Rothe, e o segundo projeto autoral da artista. Nele, falas de entrevistas com mulheres paraenses foram transformadas em fragmentos rítmico-melódicos que serviram de base para as experimentações sonoras da musicista. Integrante do projeto “Conexão Vivo”, o show já percorreu diversos pontos do país como Belo Horizonte, Florianópolis, Salvador, Natal e Anapu (na 5ª e 6ª Romaria da Floresta, em memória da missionária Dorothy Stang).

Na carreira de Iva, partir das terras amazônicas para mostrar a música do Pará em outros territórios não é exclusividade do mais recente trabalho: a cantora já realizou um circuito de espetáculos pela Itália e Alemanha, em 2005, apresentando o projeto “Música Brasileira da Amazônia: Belém do Pará” - com músicas autorais, além de canções de Waldemar Henrique, Walter Freitas, Pinduca e Mestre Lucindo.

No mesmo ano, em 2005, Iva Rothe lança o segundo trabalho da carreira, o álbum “Mantras”, uma coletânea de mantras Vaishnavas indianos. A primeira produção autoral de Iva foi o CD “Aluguel de Flores”, lançado em 2001, após ganhar o Prêmio Chico Sena, da Prefeitura Municipal de Belém (1997).
Atualmente, a cantora trabalha na pré-produção do quarto álbum, “Dançará”, que terá a temática de ritmos dançantes com matrizes paraenses: estilos como a lambada (que tem influência de ritmos caribenhos como a cumbia e o merengue, mas nasce no Pará), o carimbó e o brega.

Serviço: A cantora Iva Rothe apresenta o show “Aparecida”, no programa “Conexão Cultura”, da Rádio Cultura, nesta sexta-feira (09), às 11h, com transmissão ao vivo pela Rádio, TV e Portal Cultura. Assista: http://www.portalcultura.com.br

segunda-feira, 5 de março de 2012

Seminário de história ambiental com o prof. Wright

SEMINÁRIO: "A pesquisa agrícola e a transformação da paisagem numa perspectiva histórica"

Com Professor Angus Wright: Professor Emérito da California State University, Sacramento, CA - USA (Os seminários serão em português.) e autor de: "Nature' s Matrix: Linking Agriculture, Conservation, and Food Sovereignty" e " The Death of Ramón González: the Modern Agricultural Dilemma".

Programação:
A AULA INAUGURAL será no dia 15 de Março, quinta-feira - 14:00 horas - Salão Nobre

ENCONTROS TEMÁTICOS:

Quintas-Feiras - 14:00-16:00 horas - Sala 225

22 de Março - Uma perspectiva agroecológica da história ambiental.

29 de Março - Quem define a paisagem agrícola?

5 de Abril - Ciência, dúvidas e valores no enfrentamento do problema da hipóxia no Golfo de México.

12 de Abril - A pesquisa agrícola e o futuro das paisagens no Brasil.

19 de Abril - José Lutzenberger e a visão ecológica da agricultura.
Palestrante convidada: Elenita Malta Pereira - UFRGS.

Local: UFRJ - Instituto de Filosofia e Ciências Sociais
Largo de São Francisco de Paula, n. 1 - Centro - Rio de Janeiro
Contato: Lise Sedrez - lise@historia.ufrj.br -
www.sedrez.com/UFRJ/html/laboratorio.html

As leituras para discussão nos seminários estarão disponíveis online.

Realização: Laboratório de História e Ecologia e o PEA - Programa de Estudos
Americanos.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Aqui jaz o MP-RJ: velório a R$ 4,50

Enquanto em algumas capitais brasileiras os aumentos abusivos no preço do transporte público são tramados nas madrugadas, na ex-capital da República dos Estados Unidos do Brasil as concessionárias avisam com antecedência: "no próximo mês vamos aumentar a passagem mais uma vez rsrs".

Como já desisti de perguntar se na ex-capital existe Ministério Público, resolvi postar aqui uma imagem de revolta para ver se os moradores da cidade maravilhosa se inspiram no passado. Afinal, pra que serve a História se não para repetirmos violência e barbárie?

O aumento do preço da passagem das Barcas para R$ 4,50 é simplesmente uma afronta ao consumidor. E a opção de pagar R$ 3,10 no bilhete único parece uma forma abusiva de forçar todos a se inscreverem nessa modalidade (alguém vai ganhar com isso).

A imagem acima mostra a Estação Araribóia, em Niterói, pegando fogo após Revolta das Barcas, em 22 de Maio 1959. A revolta, além de 6 mortos e 118 feridos, resultou na depredação e incêndio tanto do patrimônio das barcas quanto da residência da família de empresários que administravam o serviço (o Grupo Carreteiro), e terminou com intervenção federal e estatização das barcas.
O Metro Rio também não melhora o serviço e prepara outro aumento de preço para o dia 01 de Abril. A Imprensa assisti tudo isso sem criticar, o Ministério Público não se apresenta, os usuários parecem pouco indignados. Indignem-se arariboienses!

quinta-feira, 1 de março de 2012

História e meio ambiente: aula com Paulo Nogueira Neto

O Instituto de Eletrotécnica e Energia da Universidade de São Paulo tem o prazer de convidar V. Sa. para a aula magna de 2012:

A QUESTÃO AMBIENTAL: HISTÓRIA E PERSPECTIVAS

que será proferida pelo Prof. Dr. Paulo Nogueira-Neto, professor emérito do Instituto de Biociências da USP, no próximo dia 09 de março, às 11h00 no auditório de materiais do IEE/USP (Av. Prof. Luciano Gualberto, 1289 - Cidade Universitária, São Paulo, SP).

Na ocasião o Prof. Paulo Nogueira-Neto abordará a história do movimento ambiental brasileiro - história essa que se mescla com sua própria história de vida - e as perspectivas dessa questão no contexto das reuniões Rio 92 e Rio+20.

O evento terá transmissão ao vivo em www.iptv.usp.br