terça-feira, 30 de abril de 2013

Notícias de uma tartaruga histórica

Foi notícia em alguns jornais digitais do mundo inteiro a morte de uma tartaruga. Trata-se da tartaruga egípcia que era adulta quando Napoleão invadiu o Egito no século XVIII, ela tinha a idade de 270 anos e vivia no zoológico de Gizé, um distrito próximo ao Cairo.


As notícias relatam que a tartaruga nasceu nascida em 1743,  "foi testemunha" da Revolução Industrial, da Revolução Francesa e de fatos relevantes na história egípcia: o segundo reinado dos mamelucos, da construção do Canal de Suez, da assinatura do tratado de paz egípcio-israelense e dos mais de 30 anos do regime do presidente Hosni Mubarak, derrubado por uma revolta popular em 2011.

O zoológico não divulgou as causas da morte do animal. O fato causou muitos comentários nas redes sociais. Uma das piadas dizia que o bicho sobreviveu a períodos turbulentos da história do Egito mas não suportou as disputas entre partidários e opositores do presidente Mohamed Morsi.

Provavelmente a falecida nunca viu o ditador francês ou qualquer desses fatos históricos, mas achei  curioso vincularem sua vida a esses episódios. 


sexta-feira, 26 de abril de 2013

Seminário de Pesquisa em História das Ciências na Amazônia

Data: 08 e 09 de maio de 2013
Local: Auditório Alexandre Rodrigues Ferreira – Parque Zoobotânico – Museu Goeldi (Av. Magalhães Barata, nº 376)

Objetivo: Divulgar os trabalhos de pesquisa relacionados  à História das Ciências na Amazônia, assim como ampliar os conhecimentos acerca dos temas que serão expostos, demonstrando a sua importância para a historiografia regional e incentivando novas pesquisas nesta área.

Público alvo: pesquisadores das áreas das ciências humanas e demais interessados.

Programação 

Dia 08/05 - manhã
9h – Abertura
Aldeídes Gomes de Oliveira Camarinha Rodrigues – Coordenadora de Informação e Documentação (MPEG)
9h30 – Msc. Éden Moraes da Costa (SECULT/FIBRA)
Tema: De médico a santo popular: a devoção ao Doutor Camilo Salgado em Belém do Pará.

10h15 – Dr. Miguel Chaquiam (UNAMA)
Tema: Guilherme de La Penha, um cientista multifacetado.

11h – intervalo

11h15 – MSC. Diego Machado (FIOCRUZ/UEPA)
Tema: O Major e as tartarugas: João Martins da Silva Coutinho e a pesca das tartarugas do Amazonas no Império.

12h – Intervalo - Almoço


Dia 08/05 – Tarde
14h30 – Msc. Marcelo Carvalho (UFPA)
Tema: Entre o diagnóstico e a terapêutica: ordem médica, representações do suicídio e liberdade de expressão na imprensa belenense na virada dos séculos XIX para o XX

15h15 – Dr. Márcio Couto Henrique (UFPA)
Tema: Escravos no Purgatório: o leprosário do Tucunduba (Pará: séc. XIX)

16h – Msc. Sheila Evangelista Cuns (UFPA/SEDUC)
Tema: Médicos, espíritas e positivismo no Pará: o caso Ana Prado

Dia 09/05 – Manhã
9h   Msc. Hélder Ângelo (MPEG)
Tema: Mário Ferreira Simões e a arqueologia na Amazônia (1962-1985)

9h45 – Msc. Rafaela Paiva (MPEG)
Tema: Carlos Estevão de Oliveira e o Museu Paraense Emílio Goeldi (1930-1945): panorama documental

10h30 – Intervalo

10h40 – Msc. Leda Valéria (UFPA)
Tema: José Veríssimo: ciência e educação feminina na Amazônia do século XIX

11h25 – Msc. Wesley Kettle (UFRJ)
Tema: Homens de ciência na "escassa mesopotâmia": a demarcação de limites na Amazônia colonial

12h 20 – Intervalo – Almoço
Dia 09/05 – Tarde
14h30 – Vitor da Mata Martins (UFPA)
Tema:  Protásio Frikel e a ciência na Amazônia: pedra, papel e caco na construção do conhecimento.

15h15 – Msc. Sílvio Rodrigues (Escola de Aplicação/UFPA)
 Tema: Laboratório de esculápios: a medicina experimental na construção da identidade médica no Pará, 1850-1920.

16h – Msc. Jairo Nascimento (USP)
Tema: Da Mereba-Ayba à varíola: isolamento, vacina e intolerância popular em Belém, de 1884 a 1904.

16h45 – Encerramento e entrega de certificados

terça-feira, 23 de abril de 2013

Margaret Mee e a Flor da Lua: natureza amazônica em documentário

No próximo fim de semana acontece a estréia do documentário "Margaret Mee e a Flor da Lua" dirigido por Malu de Martino que apresenta o trabalho e o legado da artista botânica inglesa Margaret Mee. A britânica se mudou para o Brasil na década de 1950, produziu mais 400 ilustrações sobre a flora brasileira e, através da arte, defendeu a bandeira do ambientalismo.

A sra. Mee  foi uma das primeiras ambientalistas a chamar a atenção para o impacto da mineração em grande escala e o desmatamento na Amazônia . A seguir, o trailler do documentário que nesta quarta-feira, dia 24,  será apresentado em uma sessão promovido pelo Encontros O Globo, às 16 horas, na Casa do Saber na Lagoa!
A entrada é franca, mas sujeita a lotação.



sexta-feira, 19 de abril de 2013

Do Lyceu ao Foyer: defesa de dissertação de Moema Alves

Na ultima quinta-feira (11/04) foi defendida a dissertação de mestrado de Moema Alves pela Programa de História Social da Universidade Federal Fluminense com o título Do Lyceu ao Foyer: exposições de arte e gosto no Pará da virada do século XIX para o século XX . A banca examinadora destacou a riqueza documental levantada pela autora, a fluidez de um escrita agradável e a originalidade da abordagem na perspectiva da história social da arte e da cultura visual.



Quero destacar meu apreço pelo trabalho desenvolvido pela autora na perspectiva de analisar o passado por meio de fontes históricas visuais. Acima de tudo minha satisfação em entrar em contato com um tipo de narrativa história com poesia, com beleza, distanciando-se de uma história enfadonha, tradicionalista e sobretudo cansativa.

A seguir o resumo da dissertação.
O Pará de fins do século XIX e início do XX viveu um momento de desenvolvimento econômico proporcionado pelo comércio da borracha e nesse contexto o estudo e a apreciação das Belas Artes eram vistos como fundamentais para o progresso moral e econômico de um povo. A partir desse ponto de vista, várias iniciativas - públicas ou particulares - foram implementadas no campo artístico. Esse é, então, o ponto de partida desse trabalho, que aborda o mundo das artes no Pará de entresséculos. Percorrendo os espaços físicos e simbólicos das exposições ocorridas no período, o trabalho discute, também, a construção do gosto naquela sociedade.
Aldrin Figueiredo, Moema, Paulo Knauss e Marize Malta(da esq. para dir.)

Banca examinadora
Aldrin Moura de Figueiredo (UFPA)
Marize Malta (UFRJ)
Paulo Knauss (UFF - orientador)

terça-feira, 16 de abril de 2013

A guerra da água: filme e debate com José Augusto Pádua

O Laboratório de Estudos Africanos - LEÁFRICA convida para mais um evento! AFROCINE com a exibição do filme "A GUERRA DA ÁGUA", seguido de debate com o PROF. DR. JOSÉ PÁDUA, coordenador do Laboratório de História e Ecologia do Instituto de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro.


O Prof. José Pádua é pós-doutor em História pela University of Oxford (2007), professor Instituto de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde coordena o Laboratório de História e Ecologia. Presidente da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Ambiente e Sociedade (ANPPAS),membro do Conselho Científico da Sociedad Latinoamericana y Caribeña de História Ambiental, do Comitê Editorial da revista "Ambiente e Sociedade" e do Conselho Editorial dos periódicos Environment and History (Cambridge), Ecologia Política (Barcelona) e História, Ciências, Saúde-Manguinhos (Rio de Janeiro).

Data: 16 de abril de 2013, terça-feira - 18h
Local: Instituto de História da UFRJ
Largo de São Francisco nº1 – Centro
Rio de Janeiro, RJ, sala 106. Térreo

SINOPSE DO FILME: Quatro histórias cruzam-se numa aldeia moçambicana. Histórias sobre a importância de uma lata com água, de um poço que se avaria, de um caçador solitário, de um pássaro que, dentro de uma gaiola, se transforma num celular. A atravessar todas estas histórias, a dignidade nos olhares das pessoas. São três as personagens deste documentário: o poço, as mulheres e o embondeiro. Um filme mágico.

Confere-se certificado de participação.

domingo, 14 de abril de 2013

O silêncio das árvores: exposição conta história de Nova Iorque

A Galeria Arsenal em Nova Iorque está exibindo a amostra NEW YORK CITY OF TREES até o dia 26 de Abril de 2013.

As fotografias tem o objetivo de provar que a história da cidade de Nova York pode ser contada por suas árvores. Benjamin Swett projetou a exposição que apresenta 28 espécies de árvores ao redor dos cinco distritos. O espectador observará algumas das espécies extraordinárias que crescem ao longo das ruas e nos parques, cemitérios, jardins e quintais da cidade. As imagens foram selecionadas do livro de Swett que tem como título o mesmo da exposição.

Depois de trabalhar em Parques por treze anos, Swett deixou em 2001 a função para seguir uma carreira como fotógrafo freelancer, mas continuou a fotografar florestas urbanas como de Nova York. Sempre foi fascinado pelas conexões entre árvores e história da cidade. "Nós sabemos que as árvores melhoram as condições de vida nas cidades através da filtragem e resfriamento do ar, absorvendo a água da chuva em excesso, e tornando os bairros mais atraente", escreve Swett. "Mas pouco foi dito sobre a importância das árvores como guardiões do passado de uma cidade. O objetivo em tomar estas fotos- além de tomar as melhores fotografias que pude- era tentar trazer de volta em foco um aspecto da cidade que a maioria das pessoas tendem a tomar para concedido até que algo aconteça a ele. A idéia foi lembrar os nova-iorquinos quanto de suas próprias vidas e as vidas dos vizinhos contem no silêncio dessas árvores ".

Para saber mais acesse http://www.nycgovparks.org/

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Instrumentos jurídicos de proteção e valorização da biodiversidade e da sociodiversidade

Juliana Santilli

Curso de extensão no Rio de Janeiro, na Escola Nacional de Botânica Tropical, do Jardim Botânico, nos dias 25, 26 e 27 de abril de 2013, com o título “Instrumentos jurídicos de proteção e valorização da biodiversidade e da sociodiversidade” (20 horas)”, professora: Juliana Santilli.

O curso está na programação da ENBT, para ver detalhes clique aqui
Para maiores informações, Assessoria de Extensão da Escola Nacional de Botânica Tropical – ENBT,
Tel: 21- 3875-6209, E-mail: extensao@jbrj.gov.br

Programa:

A Constituição brasileira: novos paradigmas para a conservação da diversidade biológica e cultural e a transversalidade da questão ambiental. A função socioambiental da propriedade.

Interfaces entre a proteção constitucional à diversidade biológica e à diversidade cultural.

Convenção da Diversidade Biológica (CDB): histórico, conceitos, princípios, instrumentos e mecanismos principais. Soberania dos países de origem. Consentimento Prévio Fundamentado e Repartição Justa e Eqüitativa dos Benefícios. Conservação in situ: áreas protegidas, territórios indígenas e corredores ecológicos. Conservação ex situ:
bancos de germoplasma, herbários, jardins botânicos, etc. Protocolo de Nagoya à Convenção da Diversidade Biológica (CDB) Interfaces entre diversidade biológica e diversidade cultural: Sociodiversidade e etnoconhecimento. Populações tradicionais e biodiversidade.
Conhecimentos, inovações e práticas de povos indígenas, quilombolas e populações tradicionais relevantes para a conservação da
biodiversidade: o artigo 8 (j) da CDB. Biodiversidade, biotecnologia e propriedade intelectual: necessidade de compatibilizar a CDB e o Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual relacionados com o Comércio (TRIPs) da Organização Mundial do Comércio (OMC). A revisão do artigo 27.3 (b) do TRIPs. Lei de Propriedade Intelectual (9.279/1996) e de Proteção de Cultivares (9.456/1997):
aspectos relacionados à biodiversidade. Medida Provisória no.
2.186-16, de 23/08/2001: regulamenta a aplicação da CDB no Brasil. A proteção e o acesso ao conhecimento tradicional associado, a repartição de benefícios e o acesso à tecnologia para sua conservação e utilização. Histórico e aspectos jurídicos gerais. Autorizações de acesso e contratos de repartição de benefícios. Composição e funcionamento do Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (CGEN).

Tratado Internacional da FAO sobre Recursos Fitogenéticos para Alimentação e Agricultura: conservação e uso sustentável da agrobiodiversidade, sistema multilateral de acesso e repartição de benefícios. Direitos dos agricultores e suas interfaces com a agrobiodiversidade . Política Nacional de Agroecologia e de Produção Orgânica (Decreto 7.794/2012): diretrizes, instrumentos, mecanismos e instâncias de gestão. Produtos da sociobiodiversidade e conservação da agrobiodiversidade dentro do Plano Nacional de Segurança Alimentar e
Nutricional: :

O Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC, Lei 9.985/2000, decretos 4.340/2002 e 5.746/2006 e instruções normativas mais importantes do ICM-BIO): visão geral, normas de manejo e principais categorias de unidades de conservação de proteção integral e de uso sustentável. Plano Estratégico Nacional de Áreas Protegidas (Decreto 5.758/2006).

Criação, implantação e gestão de unidades de conservação. Plano de manejo e conselhos consultivos e deliberativos de unidades de conservação. Gestão compartilhada com OSCIP. Compensação por significativo impacto ambiental, reassentamento de populações tradicionais.

Outras áreas protegidas: Reservas da Biosfera. Cavidades naturais subterrâneas. Bens arqueológicos. Territórios indígenas e de Quilombolas. Direitos de populações tradicionais e a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais (Decreto n• 6.040/2007). Responsabilidade civil, criminal e administrativa por danos às unidades de conservação ambiental.

Bens culturais e sua proteção jurídica: tombamento, registro de bens culturais e chancela de paisagens culturais. Indicações geográficas e os produtos da sociobiodiversidade.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Anna Karenina: luxo e hipocrisia na Rússia do séc. XIX

O filme "Anna Karenina" se passa na Rússia do Século XIX. Anna é casada com Alexei Karenin (Jude Law), um rico funcionário do governo. Ao viajar para consolar a cunhada, que vive uma crise no casamento devido à infidelidade do marido, ela conhece o conde Vronsky (Aaron Johnson), que passa a cortejá-la. Apesar da atração que sente, Anna o repele e decide voltar para sua cidade. Entretanto, Vronsky a encontra na estação do trem, onde confessa seu amor. Anna resolve se separar de Karenin, só que o marido se recusa a lhe conceder o divórcio e ainda a impede de ver o filho deles. 

Uma sociedade cheia de etiquetas e hipocrisias passa aos seus olhos em cenas muito bem trabalhadas como que demonstrando ser o mundo em que vivemos um palco. Digo porque as cenas foram gravadas em palcos teatrais, vale a pena você assistir. 

 O amor aos cavalos e a aposta de corrida de cavalos faz parte de algumas poucas cenas da película que é baseada na obra de Tolstói. Uma crítica à sociedade hipócrita e machista.Recomendo!

terça-feira, 2 de abril de 2013

Iconografia do poder monárquico na península ibérica (séc. XV - XVI)

O Programa de Pós Graduação em História Social e o Centro de História da Arte convidam para a mesa redonda:

ICONOGRAFIA DO PODER MONÁRQUICO NA PENÍNSULA IBÉRICA (séc. XV - XVI)


Princeps Hispaniarum, Caesar ou Philippvs Hispan Rex: a imagem de Felipe de Habsburgo nos retratos de Ticiano Vecellio e Antonio Moro.
Rivadávia Vieira Jr – Mestrando do Programa de Pós-Graduação em História da
UFF


Poder e morte: a arte tumular da realeza portuguesa nos séculos XV e XVI
Danielle de Oliveira dos Santos Silva – Mestranda do Programa de Pós-Graduação em História Social da UFRJ

Imagem e poder: o discurso manuelino nas gravuras das Ordenações
Angélica Barros – Mestranda do Programa de Pós-Graduação em História Social da UFRJ

Dia 04 de abril de 2013 das 10h às 12h na sala 314 do Instituto de História da UFRJ
Largo de São Francisco de Paula, nº1, Centro, Rio de Janeiro

segunda-feira, 1 de abril de 2013

'O amante da rainha' e 'César deve morrer': minhas dicas de História na tela

Nao resisti a vontade de indicar dois filme muito interessantes que assisti nas ultimas semanas. O primeiro deles é 'O amante da Rainha' que foi indicado ao Oscar, se passa na Dinamarca do século XVIII (período que me chama atenção tratando-se de qualquer coisa) e principalmente é uma história real. A história é assim: Caroline Mathilde (Alicia Vikander) é uma jovem britânica que se torna rainha da Dinamarca após se casar com o insano rei Christian VII (Mikkel Boe Folsgaard). Em viagem pela Europa, a saúde mental do monarca piora a cada dia e um acompanhamento médico torna-se necessário. O alemão Johann Struensee (Mads Mikkelsen) é escolhido e rapidamente conquista a confiança do rei, tornando-se seu confidente e principal conselheiro. Promovido a médico da corte, Struensee também se aproxima cada vez mais de Caroline. Aproveitando-se da fragilidade de Christian, os dois assumem o poder do país e iniciam uma surpreendente reforma de inspiração iluminista. 

Esse post é pra dividir com você por que eu acho valer a pena assistir "O amante da rainha". Primeiro, é um filme que não perde em nada para qualquer desses grandes romances de época. Segundo, que é uma crítica muito bem feita à relação entre Estado e Religião. É claro que o dilema do amor está em primeiro plano, mas além é uma ótima reflexão que vem bem a calhar na discussão que fazemos hoje no Brasil desse envolvimento de figuras religiosas com o poder dito laico. Por fim, o combate às doenças que assolavam o Norte da Europa naquele período. 

Outro filme que gostaria de destacar é o italiano "César deve morrer". A história se passa em uma prisão, onde os prisioneiros ensaiam a peça "Júlio César", de William Shakespeare. O local é a prisão de segurança máxima Rebibbia, localizada em Roma. Ao mesmo tempo que funciona como registro documental, trabalha a ficção por trás da trama original. Dirigido pelos irmãos Paolo e Vittorio Taviani e vencedor do Urso de Ouro no Festival de Berlim 2012. O ponto alto do filme é quando um dos atores, retornando da apresentação para sua cela, olha ao redor e exclama: ""No momento em que conheci a arte, esta cela se tornou uma prisão." É a libertação que está em discussão em todas as cenas. Sei que não há nada de natureza nessas minhas palavras aqui, mas como não me canso de me justificar sobre essa fuga, os filmes são sobretudo recheados de HISTÓRIA em que as pessoas são retratadas íntima e indissociavelmente em diálogo com o ambiente. Espero que se aceitarem minha indicação se divirtam.