quinta-feira, 28 de abril de 2016

Golpe ? Traição ? Oswald de Andrade explica o Brasil

Sobre os episódios que estremecem nossa república, lembrei dos versos de Oswald de Andrade, que explica:

"O Sul-Americano Calabar

Torcida indígena a favor de um imperialismo "civilizador". Leitor pequeno-burguês, não será você?
No Brasil há duas correntes de opinião: os que acreditam que a guerra holandesa acabou e os que sabem perfeitamente que ela continua, através de fundings, empréstimos e tomadas de poder por este ou aquele grupo calabarista."


Oswald de Andrade está se referindo a Domingos Fernandes Calabar (1609 — 1635), senhor de engenho na capitania de Pernambuco, aliado dos holandeses que invadiram o nordeste brasileiro. 


terça-feira, 26 de abril de 2016

Encontro da Sociedade Americana de História Ambiental (ASEH 2017)

Encontro da Sociedade Americana de História Ambiental com o tema "Winds of change: global connections across space, time and nature" que acontecerá em Abril de 2017.
Para informações clique aqui



 


sexta-feira, 22 de abril de 2016

Solos frágeis: caracterização, manejo e sustentabilidade

Solos frágeis: caracterização, manejo e sustentabilidade

CASTRO, S. S. de; HERNANI, L. C. (Ed.). Solos frágeis: caracterização, manejo e sustentabilidade. Brasília, DF: Embrapa, 2015. 367 p. il. color.

Autoria: CASTRO, S. S. de; HERNANI, L. C.

Resumo: Fragilidade de solos: uma análise conceitual, ocorrência e importância agrícola para o Brasil; Identificação e mapeamento de solos frágeis no Município de Mineiros, GO; Levantamento e caracterização de solos frágeis no Município de Luís Eduardo Magalhães, BA; Mapeamento convencional e digital de classes de solos desenvolvidos de arenitos em Microbacia Hidrográfica em Botucatu, SP; Contribuição ao estudo de solos frágeis na Região Semiárida, Petrolina, PE; Potencial natural de erosão e geotecnologias para a classificação de capacidade de uso dos solos; Dinâmica da fertilidade em solos frágeis; Comportamento de nutrientes em solos frágeis sob cultivo de cana-de-açúcar na região de Mineiros, GO; Atributos de um Neossolo Quartzarênico sob mangueira irrigada e sob vegetação de Caatinga ? estudo comparativo em Petrolina, PE; Mudanças no uso e impactos da expansão canavieira sobre solos frágeis no Sudoeste Goiano; Avaliação da expansão recente da cana-de-açúcar em solos frágeis na microrregião Vale do Rio dos Bois, GO; Compartimentação morfopedológica aplicada à distribuição de padrões espaciais de processo erosivo em solos frágeis; Município de Mineiros, GO; Funções de uso e indicadores de sustentabilidade; casos de expansão sucroalcooleira no Sudoeste de Goiás; Cenários para expansão da cana-de-açúcar no Sudoeste Goiano ? estudo de caso de Mineiros.

Ano de publicação: 2015
Tipo de publicação: Livros
Unidade: Embrapa Solos
Palavras-chave: Agricultura sustentável, Classificação do solo, Manejo do solo, Reconhecimento do solo, Recurso natural, Solo, Solos frágeis

sábado, 16 de abril de 2016

Destruição e conservação em debate: história ambiental do Brasil


Chamada para comunicações   

Workshop  “Destruição e conservação em debate – história ambiental do Brasil em uma perspectiva pluridisciplinar e transnacional”  -  13 e 14 de outubro no Centre Alexandre Koyré (EHESS), Paris, França

Desde a invasão europeia em 1500 o vasto território chamado Brasil é associado à imagens de uma natureza tropical exuberante, gerando fascinação e ganância. Embora o Brasil abrigue a maior biodiversidade do mundo, ele sofre de uma reputação de vilão ambiental, sobretudo devido as taxas elevadas de desmatamento que chamam a atenção da mídia internacional desde o final da década de 1970.

Apesar da existência de muitos estudos sobre o meio-ambiente na América Latina feitos por economistas, antropólogos e geógrafos, a história ambiental do Brasil só emerge recentemente enquanto disciplina acadêmica. No entanto, a historiografia brasileira articulou desde muito cedo a análise da construção da nação, da identidade e da raça com as representações e transformações da natureza. Euclides da Cunha, no começo do século 20 por exemplo, argumentava (de uma maneira um tanto determinista) da influência do meio natural no caráter nacional. Desde então outros autores “clássicos” se apropriaram dessa questão tentando criar uma narrativa nacional que não deixava de lado o espaço tropical, o clima e a diversidade natural, como Capistrano de Abreu, Gilberto Freyre, Sérgio Buarque de Holanda e Caio Prado Junior.

Até recentemente, os efeitos de uma economia de pilhagem, perpetrada primeiramente pelos poderes coloniais e depois pelo Estado e por empresas multinacionais, dominaram as histórias ambientais do Brasil e da América Latina. Ainda que essas narrativas sejam baseadas em um quadro interpretativo que possui fortes implicações políticas, elas tendem a negligenciar as análises sobre como as populações locais usam e representam o meio natural com o qual interagem. Além disso, ao atribuir a função de agentes históricos apenas aos atores humanos, a história feita sobre o meio ambiente do Brasil, acaba muitas vezes veiculando uma concepção pessimista onde a fauna, flora, paisagem e o clima são perpétuas vítimas da expansão capitalista. Nos trabalhos recentes essa narrativa declinista tem sido posta de lado e emergem leituras mais complexas. Através de uma análise mais matizada da experiência do país, estudos recentes têm apontado tendências de destruição descontrolada, mas também uma forte tradição brasileira de crítica conservacionista, alinhada à poderosas narrativas nacionais.

Um terreno menos explorado nesses trabalhos é a dimensão internacional da história ambiental brasileira. Em áreas transnacionais como a Amazônia ou os Pampas, as identidades coletivas baseadas no meio ambiente regional são muito importantes e por isso uma maior exploração das dinâmicas socioambientais que existem na América do Sul é necessária. Igualmente, necessitamos colocar a história ambiental brasileira em perspectiva com experiências de outras regiões e países do mundo. Por exemplo, alguns autores sugeriram que a cultura brasileira, sob alguns aspectos, mostra uma consciência ambiental excepcional comparada com outros países tropicais, mas faltam estudos comparativos para apoiar ou rejeitar essas ideias. A questão das responsabilidades compartilhadas de países europeus na degradação de ambientes tropicais também foi pouco tratada. Da mesma maneira, as ligações com o resto do mundo para a exploração, transformação, gestão e negociação da natureza brasileira é uma área com poucos estudos, apesar do grande foco que existe em alguns recursos, como a borracha. A história ambiental ainda não explorou de maneira exaustiva a circulação de animais, plantas e minerais além das fronteiras brasileiras. Ainda que as temáticas sobre o meio ambiente e a natureza tenham sido tratadas em diversas pesquisas europeias sobre o Brasil, seja na sociologia rural, na antropologia, na história das ciências ou na economia, como atestam as teorias de ecodesenvolvimento de Ignacy Sachs, os(as) historiadores(as) do Brasil da Europa tem se mantido longe dessa discussão.

Esse workshop busca discutir as perspectivas atuais e futuras da história ambiental brasileira no sentido amplo do termo: incluindo estudos sobre as representações, políticas e mudanças materiais produzidas pela interação entre humanos e não humanos. Convencidos que apenas um esforço pluridisciplinar pode ajudar a pesquisa acadêmica a responder aos desafios climáticos e ambientais que enfrentamos, esse evento será também um espaço de diálogo entre pesquisadores(as) de diversos horizontes científicos.

Propostas para comunicações orais de aproximadamente 300 caracteres devem ser escritos em francês ou em inglês e enviados juntamente com uma breve biografia do autor, de preferência em formato Word, para: workshop.histenvdubresil@gmail.com . O prazo final é o dia 28 de maio de 2016.

Informações adicionais:

Esse evento resultará em uma publicação coletiva. Para isso, após o workshop os participantes serão convidados à submeter uma contribuição que será reavaliada por um comitê científico.

Os organizadores estão explorando diferentes possibilidades de financiamento para a participação de pesquisadores de fora de Paris. Se os(as) candidatos(as) não tem possibilidades de financiamento em suas instituições, por favor, informar em suas propostas. Infelizmente não poderemos financiar voos intercontinentais.

Questões podem ser endereçadas à :

Antoine Acker – International Research Group Environmental Humanities – University of Turin – antoine.acker@unito.it
Nathalia Capellini – Centre d’Histoire Culturelle des Sociétés Contemporaines – University of Versailles Saint-Quentin-en-Yvelines – nathalia.capellini@uvsq.fr


Com o apoio das seguintes instituições:
European Society for Environmental History
Centre d’Histoire Culturelle des Sociétés Contemporaines de l’Université de Versailles Saint-Quentin-en-Yvelines
Centre de Recherches sur le Brésil Contemporain de l’EHESS
Agence Nationale de la Recherche à travers le Projet «  CAT-NAT »
Association pour la Recherche sur le Brésil en Europe

Centre Alexandre Koyré de l’EHESS

terça-feira, 5 de abril de 2016

Simpósio de História Ambiental na ANPUH-RS

Convite aos professor@s e pesquisador@s a submeterem comunicação no Simpósio de História Ambiental, que acontecerá entre 18 e 21 de julho de 2016, no XIII Encontro Estadual de História da Anpuh-RS, na UNISC (Santa Cruz do Sul-RS).

Coordenadores:
Elenita Malta Pereira (Doutor(a) - Universidade Estadual do Centro-Oeste), Fabiano Quadros Ruckert (Doutor(a) - Prefeitura Municipal de São Leopoldo)

O Simpósio, que é proposto pelo GT História Ambiental da ANPUH-RS, tem como objetivo reunir trabalhos que apresentem discussões teóricas e pesquisas empíricas de história ambiental, que abordem temas como a exploração dos elementos naturais; os impactos socioambientais dos projetos de desenvolvimento e da urbanização; a história das águas; a história das paisagens e a história das florestas; a história das ideias, éticas e representações sobre a natureza. Diante da importância da interdisciplinaridade para a prática da história ambiental, o Simpósio também comporta estudos sobre as relações entre ambiente e arte; história ambiental e arqueologia; história ambiental e saúde; movimentos ambientalistas; legislação ambiental; a exploração do espaço agrário e os movimentos de reivindicação pela terra; agroecologia. Nesse sentido, buscamos fomentar diálogos com outros campos científicos, como: geografia, biologia, ecologia, economia, etc.; o impacto ambiental das migrações; as representações de regiões e de populações historicamente negligenciadas. Considerando os temas elencados, acolheremos trabalhos que busquem compreender a dimensão ambiental, em sua interação com a agência humana, ao longo da história brasileira.

Mais informações clique aqui