terça-feira, 31 de julho de 2012

A natureza hippie de Mário Quintana

Em 30 de Julho de 1906, nascia Mário Quintana - jornalista, tradutor e poeta. O post de hoje é em comemoração a essa data e também para nos despedir do mês com uma poesia de excelente qualidade.

É estreita a relação entre poesia e natureza. Em Mário Quintana essa relação se faz de maneira bem humorada, particular e muito agradável. Para ele, os animais, as plantas, o mar, são elementos que provocam a quebra de uma ordem. Em "Sapatos, etc" ele diz: "Natural é a natureza. E a natureza é hippie. Onde já se viu uma árvore ridiculamente simétrica?"

A natureza, nos versos de Quintana, aparece como o elemento que traz beleza a paisagem e a vida não porque compõem a ordem, mas porque desorganizam. Isso fica claro quando ele escreve sobre os animais:

As vacas voam sempre devagar / Porque elas gostam é da paisagem...
***
A pantera é uma curva em movimento:/ vai-se desenrolando como um desenho.
Mas a sua harmonia é linear como/ a figura que, na sucessão de um friso,
repete-se, com o andante ritmo de um verso/ num poema...
***
O grilo/ com as suas frágeis britadeiras de vidro,/ perfura/ as implacáveis solidões noturnas.
***
O mais revoltante nas touradas é que os touros não são aplaudidos quando saem vencedores.
***
O gato é o único que sabe manter-se com indiferença num salão. As outras indiferenças são afetadas.

Note que nesses versos há uma subversão própria dos animais, eles desorganizam uma visualidades, são criaturas que convidam a pensar de maneira inversa. Em "Premissas", ele diz: "A natureza é barroca. O sonho é barroco. Portanto, o que teriam vindo fazer neste mundo as colunas gregas?".

Mário Quintana gosta mesmo é da falta de simetria que a natureza apresenta, um certo mundo torto que não está em jardins feitos por mãos humanos, mas no acaso do um leito de rio. Em "Decadência e esplendor da espécie", ele critica o mundo criado pelo ser humano: "(...) o homem criou além do mundo natural, um mundo artificial, todo seu, uma segunda natureza, enfim./ O homem, esse mascarado...".

Ainda há o Mário Quinta menos ácido e mais romântico em utilizar a natureza, ele diz: “O que mata um jardim não é o abandono. O que mata um jardim é esse olhar de quem por ele passa indiferente.” Mesmo assim ele não deixa de criticar o comportamento dos seres humanos diante da natureza. Em outros versos ele adverte: “Nesses tempos de céus de cinzas e chumbos, nós precisamos de árvores desesperadamente verdes.”

Finalizamos nossa reflexão com uma poesia em prosa que mostra bem essa ideia de "natureza hipie". Eis os versos que tem o título "Natureza":

Não, nada de piqueniques! O encanto das paisagens numa tela é que elas não têm cheiro, nem temperaturas, nem ruídos, nem mosquitos. Nada, enfim, do que acontece nas desconfortáveis paisagens reais. Quando estive no Rio, o P.M.C.¹, meu colega, amigo e editor, se ofereceu para “uma tarde destas” me mostrar o Rio. Agradeci-lhe horrorizado:

- Não, muito obrigado, Paulinho! Eu sou evoluído: o que mais me agrada no Rio são os túneis...

Creio que ele suspirou de alívio.

Pois bem que ele deveria saber, como poeta de verdade, que nunca se deve ser apresentado a uma paisagem. É uma situação embaraçosa. Nem ao menos se lhe pode dizer : “Muito prazer em conhecê-la, minha senhora!”

Esse não pode ser um conhecimento voluntário, aprazado, mas uma lenta osmose inconsciente, de modo que no fim se fique pertencendo à paisagem, e vice-versa.

Não se pode conhecer nada num minuto e só por isso é que os turistas não conhecem o mundo.

Jamais acreditei em observação direta, principalmente quanto à criação poética. Tanto assim que quase dei a um de meus livros o belo título de “O Viajante Adormecido”. Só não o fiz porque a Gabriela me observou que o poderiam apelidar de “O Leitor Adormecido”...

Fraqueza minha! E por que não o “leitor adormecido” mesmo? A comunicação poética, no seu mais profundo sentido, não é acaso subliminar? Os poetas que dizem tudo acabam não dizendo nada. Porque a poesia não é apenas a verdade... É muito mais!

A Poesia é a invenção da Verdade.

¹ P.M.C. - Paulo de Mendes Campos, poeta mineiro.

"Natureza" é uma poesia em prosa muito interessante para pensarmos a paisagem e sua criação, tanto mental quanto em uma obra de arte. Para mim, que tenho pensado sobre essas questões, suscita inúmeras ideias que não vou escrever para não tornar ainda mais cansativo minhas palavras.

Encerro dizendo que concordo com Mário Quintana, a natureza é mesmo hipie, e nós que um dia pertencemos a ela, poderíamos ser um pouco hipies também, pelo menos no modo de pensar, pois o mundo cartesiano é muito chato, afinal a vida já tem colunas gregas demais.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Sertão e litoral: III Seminário Internacional de História Luso-Brasileira

O III Seminário Internacional de História Luso-Brasileira: Sertão e Litoral pretende apresentar a produção acadêmica sempre renovada em torno desses espaços, construídos sobretudo a partir da época moderna, e que adquiriram múltiplos sentidos na história brasileira e do império ultramarino, atualizando-se no Brasil contemporâneo como objeto de pesquisa e expressão cultural.

Sertão e litoral correspondem na história luso-afro-brasileira não apenas a supostas delimitações naturais do território, mas a espaços constituídos e transformados ao longo da história. Suas demarcações se devem, de modo geral à relação entre litoral, atividade econômica para o mercado externo, sedes urbanas e civilização. Ao sertão reservou-se a barbárie, um mundo desconhecido e ermo, ao mesmo tempo em que o interior pode sugerir um universo a ser desbravado. Nesses dois terrenos, definidos face um ao outro, se instalam variadas formas de domínio da América portuguesa e da África e toda uma reflexão historiográfica. As perspectivas do sertão e do litoral se fazem sentir também na literatura, sendo uma imagem recorrente ainda hoje na ficção portuguesa, africana como o foi na produção regionalista brasileira.

Acesse a íntegra da Programação e a Ficha de Inscrição

Local: Salão Nobre do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, avenida Augusto Severo, n. 8, 11º andar, Glória
Tel.: 21-21791253 / 21791256
E-mail: difusaoacervo@arquivonacional.gov.br e pi@arquivonacional.gov.br
Inscrição grátis
Serão concedidos certificados de participação

domingo, 29 de julho de 2012

Lançamento de "Os vândalos do apocalipse"

Convite: Dia 2/8, quinta, 18h, lançamento do livro Os vândalos do apocalipse: arte e literatura no Pará dos anos 20 (Prêmio Vicente Salles do Instituto de Artes do Pará, 2011, de melhor ensaio).
Local: Espaço Cultural da Doceria Pimenta de Cheiro, Av. Gov. José Malcher, 2125, entre 3 de maio e 9 de janeiro).
Preço: 30 reais (dinheiro e cartão de crédito).

Também será possível degustar a principal iguaria da casa - a mini torta Bailado Lunar - com damasco, pêssego e crocante de nozes (em homenagem ao segundo livro de Bruno de Menezes, publicado em 1924).
O livro trata da trajetória dos intelectuais modernistas no Pará e sua inserção nas letras, na política e nas artes da terra. Todos convidados!!!

Contatos para adquirir o livro: aldrinfigueiredo@uol.com.br

sábado, 28 de julho de 2012

Árvores x chaminés: a natureza nos Jogos Olímpicos 2012

Na sexta-feira passada, acompanhamos a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Londres 2012. Uma espécia de show em que a nação anfitriã procura contar sua história. Nós podemos perceber quais ícones os ingleses selecionaram para nos apresentar. Nesse sentido, é uma experiência muito interessante até do ponto de vista histórico.


Certamente são muitos os pontos que merecem ser destacados em uma cerimônia que durou 3 horas e 48 minutos (click aqui para assistir). Mas, queremos refletir sobre como os ingleses retrataram sua própria história no aspecto ambiental. O início da festa contava com um ar bucólico, campesinos com roupas típicas, animais pastando e uma árvore sobre um monte, retratando um passado que contava com florestas e áreas rurais (foto acima).


Com o passar do tempo, a cor verde deixou de predominar na cerimônia para dar lugar a cor cinza das fábricas, muita fumaça saindo pelas chaminés, e o fim daquele ambiente rural (foto acima).

A cerimônia de abertura dos Jogo Olímpicos 2012 contaram parte da história do Ocidente, destacando o progresso e como isso foi determinante para a transformação da paisagem das cidades industriais. Como as florestas e o meio natural foram descartados para dar lugar as chaminés e toda poluição. Foi uma dramatização muito interessante para entendermos nossa herança.

Esse post é apenas para registrar como as cenas ali dramatizadas contaram a história de Londres (que um pouco a história das grandes cidades) e com sinceridade demonstraram como a meio natural foi transformado abruptamente para dar lugar às fábricas. Não podemos entender a história do nosso planeta sem levar em consideração a escolha que nossos antepassados fizeram de substituir árvores por chaminés. O trabalho do historiador se torna, ao meu ver, muito mais completo quando leva esse dado em consideração em suas análises.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

"Um dilúvio carioca": palestra da prof. Lise Sedrez

Olha,/ Entre um pingo e outro/ A chuva não molha.
Millôr Fernandes

Pode a chuva servir de ponto de partida para o trabalho do historiador? Sim. A professora Lise Sedrez (UFRJ), no ultimo dia 13/07, proferiu a palestra "Um dilúvio carioca" no Encontro de História Oral, no qual mostrou que é possível realizar não só uma pesquisa histórica a partir desse fenômeno natural, mas também contribuir efetivamente com a sociedade.

A frase bem humorada de Millôr Fernandes não parece ser muito apropriada para os moradores nas proximidades da Praça da Bandeira no Rio de Janeiro. Alguns deles foram alvo de entrevista do trabalho de pesquisa da professora Sedrez. Segundo ela, no passado, o local onde hoje é a Praça da Bandeira encontrávamos um manguezal - o saco de São Diego. Logo, a natureza contina a reconhecer esse local como um ponto de alagamento.

A professora Lise Sedrez destacou como esse evento natural e os transtornos que tem trazido para a urbanização da cidade são marcantes na memória dos moradores do Rio de Janeiro - inclusive pelo fato da praça da bandeira ser um ponto de passagem. Abaixo você poderá assistir a ao trecho final dessa palestra e também uma fotografia de uma enchente na referida praça (acima você vê uma ilustração de 1888).



quinta-feira, 19 de julho de 2012

Lembre-se: histórias só existem quando lembradas

"História que só existem quando lembradas", filme de Julia Murat, tem uma história sensível, profunda e também divertida.
Jotuomba é uma cidade fictícia, ambientada no Vale do Paraíba, onde nos anos 30 grandes fazendas de café faliram e cidades antes ricas se tornaram quase fantasmas. Lá vive Madalena, a velha padeira, presa à memória de seu marido morto e enterrado no único cemitério da cidade, hoje trancado. Rita, uma jovem fotógrafa, chega à cidade e pouco a pouco modifica o cotidiano de Madalena e da vila.


VocÊ me pergunta, e o que esse filme tem de história e natureza? ah, não sei, só deu vontade de indicar pra vc que me dá o prazer de acessar este blog.
É um filme sobre os seres humanos e suas relações, como nós temos nosso cotidiano alterados quando alguém invade nossa vida e como também fazemos o mesmo. É um tempo de reflexão sobre a história, a memória e as almas (a nossa e de quem nós amamos). Nos dá a oportunidade de pensar: de onde somos? Mas, quando você assistir...pense...você é mais Madalena ou mais Rita?

terça-feira, 17 de julho de 2012

Leituras de Mafalda em meio a natureza

Hoje, Quino, o autor da simpática personagem dos quadrinhos Mafalda, completa hoje 80 anos de vida. Quem acompanha as reflexões dessa garota de 6 anos de idade que ouve Beatles e não gosta de sopa, sabe de suas preocupações com o planeta terra. Quantas vezes o globo terrestre participou dos desenhos de Quino demonstrando sua crítica ao modo como os seres humanos tem se comportado em relação ao mundo natural.

Quino, por seu aniversário e expressar nossa admiração pela crítica inteligente de Mafalda em relação ao tema: Sociedade e Natureza. Por isso, trazemos algumas tirinhas nas quais Mafalda está em meio a natureza fazendo suas peculiares reflexões em forma de pergunta (é verdade que o scan deixou muito pequena os diálogos, pedimos desculpas por isso).

Do grupo de tirinhas acima, nos chama atenção a tentativa de explicação da mãe de Mafalda sobre o porque alguns lugar são preservados, com uma natureza tão exuberante e outros não. O choque da menina diante da paisagem também é muito interessante. Esse contato entre campo e cidade pode ser observado nas três tirinhas.

As tirinhas acima são minhas preferidas. Nelas, Mafalda está na floresta e se depara com grandiosidade de uma árvore. A lição de que devemos perceber nossa pequenez é singular. Mas nem sempre é assim, a história mostra que na maioria das vezes o homem reagiu se sentindo desafiado pela natureza, provando sua primazia destruindo animais, rios e florestas. A seguir, ela questiona a uma árvore sua diferença, enquanto todas as outras são retas, aquela árvore é torta, esquisita. Mafalda então, procura dar uma solução típica do homem: procurar um psicanalista. Ao longo da história, vemos o homem emprestar seus sentimentos e soluções ao mundo natural, que na maioria das vezes tem perturbado essa relação.




sábado, 14 de julho de 2012

A natureza em Cândido Portinari


Na semana passada visitei a exposição "Seringal" no Centro Cultural Banco da Amazônia, com curadoria do prof. Dr. Aldrin Figueiredo. O post de hoje é sobre a percepção da natureza pelo artista Cândido Portinari.

Em 1957, Candido Portinari criou um mural para a nova sede que seria construída para o Banco de Crédito da Borracha, atual Banco da Amazônia. A obra, que nunca saiu do papel, hoje pertence ao Museu de Arte de Belém na forma de um raro estudo em óleo sobre cartão. A mostra, com a parceria da Fundação Cultural de Belém e do Museu de Arte de Belém, que gentilmente emprestou a obra, também cumpre divulgar uma das mais significativas coleções de arte da cidade.

O quadro acima, "seringueiros" de 1938, expressa o cotidiano dos trabalhadores da borracha, destaco o cachorro preto deitado enquanto os homens executam suas funções, o verde da floresta dá lugar ao cinza. No desenho de 1956, com mesmo título o verde também aparece com timidez.

O cachorro retorna outra vez em "Borracha" de 1938, um desenho a carvão que registra pouca vegetação, a borracha e os pés do trabalhador. O cachorro poderia ser o mesmo cão preto da obra acima. Portinari tem a sensibilidade de registrar essa relação dos seres humanos, cães e a floresta.

O verde exuberante invade o pincel de Portinari na principal obra da exposição. Estamos falando do mural criado em 1957 pelo artista. Animais como o tamanduá, japiins e tucanos dão vida selvagem a obra, o cavalo leva o dono do seringal.


"A floresta" de 1938, também evidencia a percepção sobre o meio ambiente de Portinari. Uma interessante organização das árvores me chamou atenção nesta obra, bem como a direção em que os animais correm. Um arara se destacando pela sua coloração vermelha e uma vegetação semelhantes aquelas dos desenhos que apresentamos acima.

Por fim, o painel à óleo "Floresta Amazônica (1938), em que quarto animais são representados: a anta, a cutia, o tucano e o tamanduá bandeira.. João Candido Portinari fazia parte do conselho curador da Fundação RIOZOO que a presenteou a RIOZOO com uma réplica desta obra. A obra original foi uma encomenda de Odilon Ribeiro Coutinho. A floresta aparece mais uma vez bastante organizada, e os animais são os protagonistas da obra.


quinta-feira, 12 de julho de 2012

A sombra da memoria: árvores e política na metrópole da Amazônia


Apresentamos no ST 014. História, Natureza, Cultura e Oralidade do XI Encontro Nacional de História Ambiental coordenado por MARCOS FÁBIO FREIRE MONTYSUMA (Doutor(a) - UFSC) e TEMIS GOMES PARENTE (Pós Doutor(a) - Universidade Federal do Tocantins). a comunicação A sombra da memoria: árvores e política na metrópole da Amazônia.

Belém do Pará também é conhecida como a capital da Amazônia, logo, tem em sua paisagem altas e exuberantes árvores, como a Samaúma. Apesar disso sofre graves transformações no que se refere ao meio ambiente. Entre as 15 cidade pesquisadas pelo IBGE, a capital paraense foi considerada o município com menor área verde (apenas 22,4%).

Acreditamos que o trabalho histórico deve estar atento para essas alterações ao longo do tempo, pois afetam diretamente o cotidiano das sociedades.

A comunicação apresentou como alguns moradores da capital paraense relatam sobre essas mudanças da paisagem de Belém destacando as árvores e os jardins da cidade, e como a urbanização foi transformando esse ambiente. Apresentamos os testemunhos sobre a atuação do poder público nos assuntos do meio ambiente. Nosso objetivo foi percebermos como essas narrativas que partem desse encontro entre natureza e cultura permitem ao historiador conhecer o passado e perceber as transformações da paisagens e o pensamento dos indivíduos no curso da história.

Analisamos as críticas presentes nos depoimentos recolhidos, com o propósito de pensarmos também a percepção ecológica das sociedades, tendo sempre como parâmetro o passado.

Muitos dos entrevistados relataram a castanheira que marcava a entrada da cidade de Belém (na foto), onde hoje é o pórtico metrópole. Segundo alguns entrevistados, na década de 1970, ao retornar da escola, as crianças podiam brincar subindo nas árvores, hoje, é raro encontrá-las.

Foto do ST 14 que nos referimos acima.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Lançamento de "As alma da terra" de Elias Sacramento

Hoje, estivemos prestigiando o lançamento do livro "As almas da terra: a violência no campo mojuense" do professor Elias Sacramento. Como parte do XI Encontro Nacional de História Oral.

O livro trata da implantação da monocultura no município de Moju - nordeste paraense. Em detrimento de uma agricultura familiar, destacando a movimentação dos trabalhadores naquela região.

Certamente, discutir os conflitos que envolvem a terra e suas utilizações é sempre importante para compreender o passado e suas implicações com o presente. O livro ainda destaca a relação de respeito que os trabalhadores estabelecem com a terra, diferente daqueles que apenas tomam a terra como propriedade lucrativa.

Na foto abaixo, estão Elias Sacramento e Luiz Otávio, ambos mestres pelo programa de pós graduação em história social da amazônia - UFPA.

Contatos para adquirir a obra
edsacramento5@yahoo.com.br
091 3274 6523
091 8888 3270
091 8357 0106

sexta-feira, 6 de julho de 2012

ST História e Natureza: arte, política e sociedade no MA

Data: 21 a 24 de agosto de 2012.
Local: Universidade Estadual do Maranhão - Prédio da Arquitetura - Centro Histórico - São Luís

Inscrição de ouvintes: 9 de julho a 21 de agosto de 2012.

As inscrições para apresentador de trabalho foram prorrogadas até 8 de julho (domingo). Mais informações no site [http://www.anpuhma.com.br/index.php?pg=inscricoes].

O simpósio temático 10 foi proposto por mim:

Título: História e Natureza: arte, política e sociedade

Resumo: Este simpósio temático pretende reunir trabalhos que discutam as múltiplas relações do ser humano como a natureza em uma perspectiva histórica nas diversas temporalidades. São bem vindos pesquisadores de diversas áreas do conhecimento (não apenas historiadores) que se preocupam com as tensões que envolvem essa relação. O campo da história ambiental tem aberto um leque de possibilidades para historiadores e demais cientistas sociais que pretendem conhecer o passado e as dinâmicas sociais por meio da observação e estudo dessa relação entre o homem e o meio ambiente. Interessam estudos que analisem as mudanças e permanências da ideia de natureza presente em relatos de viagem; expedições científicas, nas ações políticas do homem ao longo da história; na produção cultural e artística dos indivíduos (poesias, obras de arte, filmes, músicas, etc); discussões sobre agricultura; utilização de recursos naturais, questões de fronteira; debates sobre o pensamento ecológico; questões que abordem a técnica e a história da ciência; o passado por meio da arqueologia; as transformações da paisagem e suas conseqüências e tantos outros estudos sobre a relação entre sociedade e meio ambiente. Destacamos também o interesse por pesquisas interdisciplinares, que estabeleçam diálogo entre o conhecimento histórico, geográfico, meteorológico, antropológico, arqueológico, botânico entre outros.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Notícias do Central Hotel: memórias e fotografias

Hoje, nos meus guardados, encontrei um recorte de jornal, com data de 6 de Dezembro de 1998 que diz assim" Clarice Lispector, Getúlio Vargas e Mário Faustino são alguns dos personagens do hotel que corre o risco de ter descaracterizada sua originalidade". A matéria se refere ao Central Hotel em Belém do Pará. Fotografei o recorte, confira.

O Café Cultural, que fez parte do hotel era ponto de encontro da intelectualidade paraense. Recebeu Clarice Lispector na década de 1940, quiando escrevia seu segundo romance "O Lustre".

Também foram hóspedes Ruy Barata, Chico Mendes e Paulo Plínio Abreu.

No detalhe você vê o quarto onde ficou Clarice Lispector.

A foto em preto e branco é da noite de inauguração do hotel.