MC 18 - História Ambiental e os dilatados Sertões do Norte nos séculos XVIII e XIX
Sinopse: Nos séculos XVIII e XIX os sertões do Brasil estiveram em disputa, principalmente em relação às relações com o mundo natural. Essa era uma questão crucial às tramas e negociações a envolver os projetos seja da Coroa portuguesa ou da Corte do Império brasileiro no Rio de Janeiro e as particularidades do território dos sertões, com sua grande diversidade de povos e de seus outros traços biofísicos. Nesse âmbito, para além de mero cenário estático para a ação dos indivíduos, buscamos compreender o chamado mundo natural como um aspecto fundamental nos embates em torno do projeto colonial como na construção do Império brasileiro. O nosso objetivo neste minicurso, então, é propor uma abordagem que lance mão de metodologias da história ambiental, história política e da história da cartografia com o fito de refletir sobre os sentidos dos vastos sertões do Norte durante os séculos XVIII e XIX, envolvendo áreas com traços biofísicos bastante particulares, como zonas correspondentes hoje aos biomas de Caatinga e da Amazônia. Para isso, analisaremos fontes como as correspondências dos capitães-mores e ouvidores de capitanias do Norte, mapas, relatórios de presidente de província e anais parlamentares.
Ministrantes:
Antonio José Alves de Oliveira - Doutorado em História - UFSC
Gabriel Pereira de Oliveira - Doutor em História Social - UFRJ e Professor do IFRN
Wesley Oliveira Kettle - Doutor em História Social - UFRJ e Professor da UFPA
Para se inscrever, consulte o nosso site (link na bio do Instagram ou no site https://doity.com.br/sehis), especificamente, no menu “Inscrições”. Em caso de dúvidas, contate a equipe de organização, pelo e-mail sehis.sertoes@gmail.com.
Identidade visual do evento:
A árvore representada é a Cecropia sciadophylla Mart. (Embaúba, Imbaubão, Imbaúba-gigante), que integra a “Relaçam das madeiras descriptas que se comprehendem no Termo da Villa da Caxoeira : com amostras e estampas exactas das mesmas". Trata-se de um conjunto de desenhos sobre papel a bico de pena com tinta preta e aquarelados com tonalidades diversas, feitos por Joaquim de Amorim Castro no final do século XVIII a partir de observações no Recôncavo e nos sertões baianos. Fonte: AHU_ICONM_BAHIA_FAUNA-FLORA, D. 33 - 78.