segunda-feira, 28 de maio de 2012

Religiosidade na Amazônia Colonial

A Associação Brasileira de História das Religiões promove seu XIII Simpósio Nacional com o tema Religião, carisma e poder: As formas da vida religiosa no Brasil em São Luis, MA - 29 de maio a 01 de junho de 2012 na Universidade Federal do Maranhão (UFMA).

Nesse evento, junto com Domingos Oliveira, apresentarei a comunicação Religiosidade na Amazônia colonial: história e arte na arquitetura da Capela Pombo.

Resumo
Situada no centro de Belém do Pará, a Capela Pombo, também conhecida como Capela de Nosso Senhor dos Passos, é um oratório construído na segunda metade do século XVIII, sendo atribuída sua autoria ao arquiteto italiano Antonio Landi, expressão do estilo arquitetônico português desse período. Ao longo do tempo, essa casa de culto passou a ter diferentes usos públicos e particulares, abrigando importantes eventos ocorridos na capital paraense. Nosso trabalho pretende analisar como a arquitetura da Capela Pombo nos permite conhecer a religiosidade desenvolvida por aqueles que viviam na Amazônia no período colonial, revelando também as relações sociais, a economia e a política do lugar. Além disso, abordaremos as questões da tipologia arquitetônica e artística que envolvem a construção da capela, seus ornamentos e o sentido religioso desses elementos. Por fim, pretendemos apresentar o estado atual preocupante em que se encontra a capela, patrimônio histórico inestimável por todas essas características acima descritas.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

A identidade visual republicana no Pará: Aldrin Figueiredo na UERJ


Na quarta-feira passada (17 Maio) o professor Aldrin Figueiredo (UFPA) apresentou a comunicação " O romantismo como pedagogia: o Risorgimento e os modelos artísticos italianos no Pará do final do século XIX" no Seminário Internacional Momento Itália Brasil na UERJ.

O referido professor apresentou a importância de autores como Pellico e Manzoni como modelos intelectuais e pedagógicos para a construção da república no Pará e como os personagens napolitanos influenciaram as artes produzidas na Amazônia.

Destacamos sua preocupação com a paisagem romântica manifestada nas imagem ricas em detalhes e imprescindíveis àqueles que se debruçam sobre a história do Norte brasileiro. A palestra evidenciou a construção de uma identidade visuais em fins do século XIX na Amazônia.

A imagem que vemos acima fez parte da análise do professor Aldrin. Trata-se da Procissão do Santíssimo no Largo da Sé, aquarela de Joseph Leon Righini, 1867 (Coleção CMA, UFPA).

segunda-feira, 21 de maio de 2012

O que é um pontinho preto no gramado?

Como já se tornou rotina, o Brasil é assunto na "The Economist". A matéria discute sobre a como a economia brasileira tem deixado de ser tão atrativa como a pouco tempo foi. Mas não foi esse assunto que me fez escrever o post de hoje, e sim a fotografia que ilustra o artigo "A bull diminished".


A fotografia que reproduzimos aqui mostra um grande gramado e apenas um boi, uma imagem ótima para pensarmos sobre os problemas que a pecuária tem gerado para o meio ambiente (e quando falamos em meio ambiente estamos falando dos seres humanos fazendo parte dele).

Quantas árvores tem sido derrubadas para criação de pasto para um único boi. O problema do desmatamento tem íntima relação com a pecuária industrial. Para piorar, o governo federal, por meio do BNDES tem se tornado sócio desse tipo de negócio que derruba as florestas.

Junto com leis mais comprometidas com a floresta em pé e consumidores conscientes com uma dieta MENOS dependente de carne vermelha é uma de muitas combinações que poderiam nos tornar mais independentes dessa pecuária de larga escala. A Amazônia tem sido uma das regiões do mundo que mais sofrem com esse tipo de negócio.

Abaixo colocamos um gráfico que muito se relaciona com a fotografia da "The economist", é pra parar e pensar.

domingo, 20 de maio de 2012

terça-feira, 15 de maio de 2012

A Baía de Guanabara no Globo Mar

O programa de televisão "Globo Mar", exibido na semana passada, teve como tema a Baía de Guanabara. Em 2011 apresentamos aqui o programa Globo Universidade em que a professora Lise Sedrez (UFRJ) falou de sua pesquisa sobre a mesma baía.

O Globo Mar destacou a atividade pesqueira e a existência de um "pantanal fluminense", além de criticar os problemas com a falta de cuidado do poder público com a qualidade da água da Guanabara.

No Parque / Reserva ambiental da Guanabara, as imagens mostram um ambiente que segundo os biólogos entrevistados guarda paisagens não alteradas desde a época da chegada dos europeus. A equipe também fala sobre a transformação da ideia de Mangue como um lugar sujo para um berçário do mar e fonte de vida.

Vale a pena assistir o programa na íntegra clicando aqui

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Libertad en la Selva: palestra no Labhis e ecologia


O Laboratório de História e Ecologia e o PEA - Programa de Estudos Americanos convidam para a palestra "Liberdad en la Selva: El Pacifico Colombiano tras el fin de la esclavitud, 1850-1930", pela professora Claudia Leal, da Universidade de Los Andes, Colômbia, no dia 17 de maio, às 14 horas.

O texto da palestra está disponível em ttp://sedrez.com/UFRJ/html/laboratorio.html, para discussão após a palestra, que será em espanhol.

A palestra é parte das atividades do PPGHIS e do Instituto de História.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Workshop Território, ciência e política na Fiocruz

Do açaí ao palmito: Leila Mourão no Labhis e ecologia

Na ultima quinta-feira (03), a professora Leila Mourão, docente da UFPA, apresentou seu estudo sobre o açaí e uma análise na perspectiva metodológica da História Ambiental. A base de sua palestra foi seu livro "Do açaí ao palmito".

A professora abordou a questão do desmatamento dos açaizais no Pará, destacou importantes dados como o de que o Ceará é hoje o maior produtor de açaí e o Mato Grosso como maior produtor de palmito. Outros pontos altos foram a análise da queda de produtividade da fruta nos anos de 1992 e 1993 e do palmito em 1989 e 1990.

O laboratório, que está formando uma biblioteca, recebeu alguns exemplares do livro da professora Leila, que também respondeu perguntas dos presentes.


terça-feira, 8 de maio de 2012

Ciência, história e cultura na Quinta da Boa Vista

Comemorando seus 194 anos de fundação, o Museu Nacional convida seu público para aproveitar o evento "Ciência, História e Cultura na Quinta da Boa Vista". Com uma programação variada para adultos e crianças o evento acontecerá nos 11, 12 e 13, de 10 às 16h.

A entrada no Museu Nacional custa R$ 3,00, sendo que, crianças de até cinco anos e maiores de 60 não pagam.

Dias 11, 12 e 13 de maio

Oficinas e exposições

Conhecendo os equinodermos
Uma viagem ao mundo dos dinossauros (exceto dia 13)
Oficina de antropologia biológica (projeto ciência até os ossos) (às 10h, 13h e 14:30h, exceto dia 11)
Hieróglifos – a escrita do Egito antigo
Taxidermia
Conhecendo a herpetologia!
Laboratório Central de Conservação e Restauração/LCCR
Arte rupestre
Coral Vivo
Conhecendo o acervo e a história da Casa de Pedra (Horto Botânico)
Oficina de escavação (projeto Ciência até os ossos)
Brincando e aprendendo com a botânica
Visitas guiadas
Visitas guiadas às exposições de paleontologia (às 10h e 14h, exceto dia 13)
Visita guiada ao Horto Botânico do Museu Nacional (às 10:30h e 14h, exceto dia 11)
Visita guiada ao Herbário (às 11h e 14:30h, exceto dia 11)

Atividade ao ar-livre
Exposição de animais peçonhentos - Instituto Vital Brazil (das 10h às 16h)

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Entrevista com Washington Novaes: a Rio +20 e a sustentabilidade

No programa Milênio da GloboNews transmitido na semana passada, a jornalista Elizabeth Carvalho realizou uma boa entrevista com o também jornalista Washington Novaes sobre questões ambientais destacando a importância do evento que acontecerá no próximo mês de junho no Rio de Janeiro, o Rio +20.

Novaes deu sua opinião sobre desenvolvimento sustentável e falou um pouco sobre a trajetória desse conceito ao longo da história, destacando sua importância hoje, diante da velocidade e ferocidade do capitalismo.

Como pensar em sustentabilidade em um mundo ainda tão pobre? Há contradição nisso? Por essas e outras questões vale a pena assistir a entrevista na íntegra, para isso clique aqui

Quem é Washington Novaes?
Washington Luíz Rodrigues Novaes é um jornalista que trata com destaque os temas de meio ambiente e povos indígenas. Atualmente, é colunista dos jornais O Estado de São Paulo e O Popular, consultor de jornalismo da TV Cultura, documentarista e produtor independente de televisão.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Seminário internacional momento Itália-Brasil

17 e 18 de maio de 2012 - UERJ Auditório 113, 11º andar, Bloco F.

PROGRAMAÇÃO
Dia 17 de maio

9h às 9h30h– Abertura

9h30 às 10h - Conferência: Emilio Franzina (Università degli Studi di Verona)
Emigração, exílio e Unificação da Itália: os primeiros grupos imigratórios na América e o Risorgimento

10h às 12h - Sessão 1: As Artes e os artistas

Orlando de Barros (UERJ)
As viagens de intelectuais, artistas e cientistas italianos ao Brasil durante o fascismo

Rosangela Patriota (UFU)
A modernidade artística no Brasil e os italianos no teatro brasileiro

Aniello Angelo Avella (UERJ/Università degli Studi di Roma Tor Vergata)
Migrações e intersecções de culturas. Música, ópera, divas italianas na criação de Machado de Assis.

Aldrin Moura de Figueiredo (UFPA)
O romantismo como pedagogia: o Risorgimento e os modelos artísticos italianos no Pará do final do século XIX

14h às 16h- Sessão 2: Imagens da e-imigração: ontem e hoje

Lená Medeiros de Menezes (UERJ/LABIMI)
Italianos no Rio de Janeiro: fracassos, embates e tensões (1890 -1930)

Paola Cappellin (/UFRJ/AMORJ)
Entre a memória e o mercado. As contribuições das jovens gerações de oriundos italianos no Brasil

Luiz Fernando Beneduzzi (Università Ca’Foscari Venezia)
De terra da promissão a República desolada: imagens sobre o Brasil construídas na Itália da Belle Époque
Patricia Peterle (UFSC)
Presença e ausência: Ignazio Silone no Brasil

16h às 18h - Sessão 3: Construindo memórias e identidades

Elio Trusiani (Sapienza Università di Roma)
Colonização Italiana no Rio Grande do Sul: memória e estruturação do espaço. Estudo crítico-comparativo entre Bento Gonçalves/RS e as terras de origem

Roseli Boschilia (UFPr)
Quando a guerra bate à porta: memórias de descendentes de italianos em Curitiba (1939-1945)

Federico Croci (Università di Genova)
“Come desidero tornare presto a San Paolo”. Identidade nacional e filiações culturais: a experiência de guerra de um ítalo-brasileiro, 1915-1918

Emilio Carlos Boschilia (IPARDES)
Vinhateiros de Curitiba e arredores: artesania caseira do vinho de colônia

Alexandre Belmonte (UERJ/RHBN)
Memória, esquecimento e identidades: italianos no Brasil (1840-1870)

18h às 18h30 – Conferência: Maria Izilda Santos de Matos (PUCSP)
Um sambista italiano em São Paulo: Adoniran Barbosa

18h45 – UMA VIAGEM MUSICAL ÍTALO-BRASILEIRA. Dois gêmeos violoncelistas italianos no Rio de Janeiro: Paulo e Ricardo Santoro (músicos da OSB)

Dia 18 de maio

9h30 às 10h - Conferência: Maria Luiza Tucci Carneiro (Arqshoah-FAPESP/LEER-USP)

Fontes para estudos sobre os italianos imigrantes e refugiados no Brasil no século XX

10h às 12h - Sessão 4: Os italianos nos Arquivos Virtuais do LEER-USP

Maria Luiza Tucci Carneiro (Arqshoah-FAPESP/LEER-USP)
A presença dos italianos nos Arquivos Virtuais do LEER/USP: multiplicando as informações e preservando a memória

Anna Rosa Bigazzi (Arqshoah-FAPESP/LEER-USP)
As leis raciais e a imigração forçada dos italianos judeus para o Brasil (1938-1945)

Rachel Mizrahi (Arqshoah-FAPESP/LEER-USP)
Histórias de vida dos judeus italianos, refugiados da Shoah, em São Paulo

Helena Lewin (Arqshoah/UERJ)
A Itália e os “Justos entre as Nações”. Salvar vidas: solidariedade como dever de consciência.

Bruno Giovanetti (FAPESP/LEER-USP)
Cartas e anotações de imigrantes italianos

14h às 16h - Sessão 5: “Todo o mundo é a aldeia”: pátria, trabalho feminino e direitos

Paola Corti (Università di Torino)
As pátrias dos emigrantes

Syrléa Marques Pereira (UERJ/FAPERJ/LABIMI)
Tempo de trabalhar, tempo de sonhar, tempo de partir: mulheres e emigração da Toscana para o Rio de Janeiro

Endrica Geraldo (UNICAMP/FAPESP)
Direitos de imigrantes e imprensa operária em São Paulo nas décadas de 1920 e 1930

16h às 18h - Sessão 6: Arquivos, acervos e fontes

Chiara Vangelista (Università di Genova)
AREIA-Audioarchivio delle migrazioni tra Europa e America Latina: o acervo e as pesquisas

Mauro Lerner Markowski (Arquivo Nacional)
A Experiência do Arquivo Nacional na Recuperação e Tratamento de Fundos de Imigração.

Paulo Cesar Gonçalves (UNESP)
O Negócio da Imigração: Angelo Fiorita e a introdução de imigrantes europeus em São Paulo

18h às 18h30 – Conferência: Núncia Santoro (PUCRS)

Diferentes percepções de um mesmo fenômeno: literatura italiana de viagem e imigração no Brasil (1870-1910).

18h45 – A ITÁLIA NO CINEMA: DUAS HISTÓRIAS

- La Cassettina dei Ricordi (Caixinha de lembranças), pesquisa e roteiro de Syrléa Marques Pereira. (Brasil, 8 min, 2011, DVD, 14 anos). Recine-AN.

- Mãos que tocam a vida, direção de Sabrina Lima. (Brasil, 12 min, 2011, DVD, 14 anos). Recine-AN.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Leila Mourão no LABHIS de ecologia

O Laboratório de História Ambiental - IFCS/UFRJ receberá na próxima Quinta-feira, dia 03 de Maio, às 14h00 a professora doutora Leila Mourão, da Universidade Federal do Pará, que irá conversar sobre seu livro recém lançado: Do Açaí ao Palmito - uma historia ecológica das permanências, tensões e rupturas (o qual noticiamos seu lançamento meses atrás).

Tive o prazer de ser aluno da professora Leila Mourão durante minha graduação e também no mestrado. Será uma grande satisfação revê-la e também conversar sobre sua obra que tem mesmo título de sua tese defendido em 1999 no Curso de Doutorado em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido pelo Núcleo de Altos Estudos Amazônicos da Universidade Federal do Pará.

O resumo da tese:
Este é um estudo histórico do processo socioeconômico, cultural e ecológico que se conformou e se realizou a partir da coleta, comercialização e consumo dos frutos e da extração de palmito nos açaizais(concentração da palmiera Euterpe) da Amazônia, revelando, por um lado; a permanência ancestral desses usos pela população local; por outro, evidenciando as complexas estruturas socioeconômicas e culturais, assim como as diferentes práticas ecológicas, operacionalizadas pelos diferentes grupos sociais envolvidos nesses processos. Destaca-se também que a extração de palmito nos açaizais do estuário amazônico, nas três décadas, para as industrias de conservas, provocou tensões e conflitos entre os setores sociais que se utilizam dessa flora, em especial quando os dois principais usos(coleta de frutos e extração de palmito) se tornam incompatíveis, alterando os ecossistemas dos açaizais, colocando em risco a sua reprodutividade e a dos grupos sociais envolvidos nessas atividades.