O livro ROESSLER: O homem que amava a natureza, escrito pela historiadora Elenita Malta Pereira, é a biografia histórica de Henrique Luiz Roessler, um porto-alegrense que atuou nos anos 1930-60 no Rio Grande do Sul pela proteção da natureza. O livro é fruto da dissertação de mestrado da autora, defendida em 2011 na Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
A partir da perspectiva da história ambiental, Elenita percorre a trajetória de Roessler como Delegado do Serviço Florestal e Fiscal de Caça e Pesca, nos anos 1939-54 e, mais tarde, como fundador e único presidente da primeira entidade de proteção à natureza do RS, a União Protetora da Natureza (1955-63). A obra trata também da memória construída sobre Roessler, a partir de sua morte, em 1963.
Abaixo, a apresentação que consta na “orelha” do livro:
“O livro de Elenita Malta Pereira é resultado de uma rigorosa pesquisa acadêmica, mas também é uma homenagem a Henrique Luiz Roessler, o “homem que amava a natureza”. Trata-se de uma obra inovadora que contribui para a consolidação de um tema emergente na historiografia brasileira, a história ambiental. Considerando que a pesquisa histórica sofre interferência das tensões políticas e culturais correntes do mundo atual, a publicação da biografia de um importante protecionista está em sintonia com as preocupações de diversos movimentos sociais com as relações sociedade-natureza.
As questões ambientais estão na ordem do dia, tanto no campo da educação como no campo das políticas públicas. Num sentido político, a análise da atuação de Roessler no Serviço Florestal é uma contribuição para o debate, e para a história, na medida em que revela as contradições e problemas no processo de colonização do Norte do Rio Grande do Sul. Na área educacional, as atividades da União Protetora da Natureza foram consideradas precursoras para muitas ações de entidades similares que se formariam posteriormente.
É um livro para ser lido por educadores, historiadores, ambientalistas e por todos que têm alguma preocupação com as questões ambientais”.
Paulo Zarth
Doutor em História (UFF)