segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Animais em 4 dimensões: esculturas indianas


A postagem de hoje é sobre o livro de Stella Snead: "Animals in four worlds". E gosto muito da cultura indiana, e no museu de Nova Delhi me deparei com essa obra que destaca o papel fundamental dessas figuras na cultura indiana.

Os animais participam ativamente na tarefa de contribuir com os fiéis no acesso ao sobrenatural, fazendo-se presentes em todos os lugares, expressando as ideias da religião. As fotografias que compõem a obra apresenta esculturas animais desde a antiguidade até o século XVIII. Podemos citar os os gatos, pavões, tamanduás, vacas, hienas e tigres, bem como as criaturas fantásticas como leões bicorpóreos e elefantes com caudas de peixe. Coletadas de todas as áreas da Índia, estas fotografias incluem imagens de famosos monumentos indianos e coleções do museu, bem como imagens de locais remotos, alguns dos quais nunca foram publicados.

O ensaio de Wendy Doniger analisa o que ele chama de "quatro mundos" ou dimensões que os animais ocupam no pensamento indiano: natureza, o mundo humano, o mundo divino  eo mundo de fantasia. George Michell analisa as esculturas de animais indianos em seu contexto histórico e arquitetônico. Sua pesquisa cronológica identifica o local e o tema dos animais fotografados e descreve a atividade artística das regiões e período a partir do qual as fotografias são tiradas.

O livro agrada os interessados em estudos asiáticos, arte, arquitetura, e animais, e para aqueles atraídos por fotografias , que captura tanto os pequenos detalhes quanto o grande movimento de símbolos cósmicos. Para nós que buscamos compreender a relação entre história e natureza é uma obra extraordinária.

sábado, 29 de agosto de 2015

SIMPÓSIO NACIONAL DE CIÊNCIA E MEIO AMBIENTE


O Programa de Pós-Graduação em Sociedade, Tecnologia e Meio Ambiente (PPSTMA/UniEVANGELICA) convida a todos os pesquisadores a apresentarem trabalhos no Simpósio Nacional de Ciência e Meio Ambiente, que acontecerá na cidade de Anápolis, Goiás, entre os dias 27 a 30 de outubro de 2015. O evento terá uma ampla programação, com Mesas Redondas, Mini-Cursos e Simpósios Temáticos, que estão com inscrições abertas para apresentação de trabalhos.

Maiores informações

http://mestrado.unievangelica.edu.br/sncma/2015/index.php?pg=home

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Frida Kahlo: animais, jardins e arte

As obras produzidas pela artista mexicana Frida Kahlo sempre me chamaram atenção pela influência das plantas e animais que fazem parte de suas pinturas. O posto de hoje é para destacar o amor que ela tinha por seu jardim e como isso está presente em seus quadros.

O Jardim Botânico de Nova Iorque teve a sensibilidade de perceber essa conexão entre Frida e a Natureza e montou a exposição "Frida Kahlo: art, garden, life" que estará em exibição até o 01 de Novembro de 2015. Como em seu auto-retrato, a presença de vegetação e animais é abundante. Vale lembrar que seu estúdio contavam com muitas plantas.

Sua mistura de cores, animais, plantas e flores é uma festa para nossos olhos. Esse registro da Natureza está em exposição no Jardim Botânico de NY em 14 pinturas e desenhos. Ali podemos observar também a reprodução do jardim da casa de Frida.

A exposição parece ser uma extraordinária oportunidade de os visitantes perceberem o apreço de Frida Kahlo no que se refere a variedade de espécies do mundo natural. Ao mesmo tempo, destaca-se como o mundo material influenciou essa incrível artista mexicana. Outras obras, como 'Paraíso de macacos' reforçam essa presença da Natureza em suas pinturas.



quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Belém no tempo das demarcações: relatos sobre a "cidade do Pará" (1750-1799)

Prospecto da Cidade de S. Maria de Belém do Graõ Pará, 1784. Fonte: Forum Landi

O Centro de Memória da Amazônia convida a comunidade acadêmica a prestigiar a palestra "Belém no tempo das demarcações: relatos sobre a 'Cidade do Pará' (1750-1799)", com o professor Wesley Kettle, doutor em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A palestra faz parte do ciclo de atividades "Belém 400 anos".

Data: 28 de agosto de 2015 (sexta-feira)
Horário: 14h30
Local: Centro de Memória da Amazônia (travessa Rui Barbosa, 491 - esquina com Ó de Almeida)

Haverá emissão de certificado para os participantes.
Entrada franca.

Resumo da tese do professor Wesley Kettle: http://ow.ly/R6M0j 

Resumo da palestra

Em 1753, desembarcaram no Grão-Pará os comissários demarcadores de limites vindo da Europa contratados para realizarem medições para o estabelecimento das fronteiras entre os domínios de Espanha e Portugal no Vale Amazônico. Nesse contexto, Belém se tornou o ponto central para os planos das “expedições reaes de limites” que percorreram os sertões amazônicos. Esta apresentação pretende discutir como a “cidade do Pará” foi representada nos relatos visuais e textuais elaborados pelos personagens que se envolveram com o projeto de ocupação portuguesa no Vale, destacando as representações de Natureza dessa região. Discutiremos ainda como a chegada desses homens de ciência contribuiu para uma série de transformações na cidade ao longo de toda segunda metade do século XVIII.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Seminário Internacional do LIPAC: patrimônios, construções participativas e multivocais


Convidamos todos os interessados para participarem das atividades do I Seminário Internacional: Patrimônios, Construções Participativas e Multivocais.

Data: 23 e 24 de setembro de 2015 (Palestras e Oficinas).

Local: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH)/UNICAMP.

Maiores informações serão fornecidas no site: https://1seminariolipac.wordpress.com/ 

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Visões de Natureza na Amazônia colonial: tese de doutorado defendida por Wesley Kettle

A postagem de hoje é para dar notícia de minha defesa da tese de doutorado que aconteceu no dia 29 de maio de 2015 (14 horas) e contou com a presença de amigos e familiares na assistência. Foram quatros anos pesquisando sobre as ideias de Natureza dos envolvidos com o processo de ocupação portuguesa na Amazônio durante a segunda metade do século XVIII. 

Quero agradecer todos que de uma forma ou de outra se envolveram nessa tarefa, conversando, discutindo e apoiando. Não se faz uma tese sozinho, portanto, minha aprovação é compartilhada. Fiquei feliz com o resultado da narrativa, dando conta de uma parte importante da História da Amazônia.

A banca examinadora foi formada por:
Prof. Dr. José Augusto Pádua (UFRJ) - Orientador
Prof. Dr. Mauro Cezar Coelho (UFPA)
Profa. Dra. Moema de Rezende Vergara (MAST)
Profa. Dra. Lise Fernanda Sedrez (UFRJ)
Profa. Dra. Magali Romero Sá (Casa de Oswaldo Cruz/FIOCRUZ)

Título: Ciclopes e profetas no Vale Amazônico: visões de Natureza no tempo das demarcações

Resumo
Este trabalho tem como objeto de estudo os relatos elaborados pelos homens de ciência, administradores coloniais e missionários envolvidos com as demarcações de limites que percorreram o Vale Amazônico durante a segunda metade do século XVIII. Essa produção de conhecimento tem sido compreendida pela historiografia como um reflexo das determinações da Coroa portuguesa, em meio ao contexto intelectual Ilustrado, tendo como referência a história natural. A partir da perspectiva da história ambiental, esta tese analisa essas visões de Natureza como um desdobramento da experiência concreta desses personagens no Vale Amazônico. Portanto, são descrições elaboradas a partir da interação de seus autores com o mundo natural amazônico e não apenas conteúdos produzidos diante das determinações do governo português. A tese também buscou apresentar a Natureza do Vale como um elemento que gerou inflexões no processo de ocupação portuguesa no Vale, reorganizando os planos dos agentes da Coroa, recusando considerá-la como cenário estático e passivo diante das interferências humanas. Dessa forma, o estudo evidencia que a vida vivida no Vale foi determinante para a elaboração dos relatos sobre a Natureza no tempo das demarcações.

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Reunião do GT de História Ambiental 2015



No ultimo dia 30 de Julho, como parte da programação do Simpósio Nacional de História 2015, reuniram-se os membros do Grupo de Trabalho de História Ambiental criado em Natal-RN - 2013. A professora Dora Shellard Corrêa (UNIFIEO) conduziu os trabalhos apresentando um relatório das atividades realizadas pela coordenação 2013-2015, como a criação do site www.gthistoriaambiental.com.br.

Foram escolhidos os coordenadores do GT Nacional de História Ambiental 2015-2017, que são: Samira Peruchi Moretto (UFSC), Marcos Gerhardt (UPF) e Susana Cesco (UNIPAMPA).