sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Visões de Natureza na Amazônia colonial: tese de doutorado defendida por Wesley Kettle

A postagem de hoje é para dar notícia de minha defesa da tese de doutorado que aconteceu no dia 29 de maio de 2015 (14 horas) e contou com a presença de amigos e familiares na assistência. Foram quatros anos pesquisando sobre as ideias de Natureza dos envolvidos com o processo de ocupação portuguesa na Amazônio durante a segunda metade do século XVIII. 

Quero agradecer todos que de uma forma ou de outra se envolveram nessa tarefa, conversando, discutindo e apoiando. Não se faz uma tese sozinho, portanto, minha aprovação é compartilhada. Fiquei feliz com o resultado da narrativa, dando conta de uma parte importante da História da Amazônia.

A banca examinadora foi formada por:
Prof. Dr. José Augusto Pádua (UFRJ) - Orientador
Prof. Dr. Mauro Cezar Coelho (UFPA)
Profa. Dra. Moema de Rezende Vergara (MAST)
Profa. Dra. Lise Fernanda Sedrez (UFRJ)
Profa. Dra. Magali Romero Sá (Casa de Oswaldo Cruz/FIOCRUZ)

Título: Ciclopes e profetas no Vale Amazônico: visões de Natureza no tempo das demarcações

Resumo
Este trabalho tem como objeto de estudo os relatos elaborados pelos homens de ciência, administradores coloniais e missionários envolvidos com as demarcações de limites que percorreram o Vale Amazônico durante a segunda metade do século XVIII. Essa produção de conhecimento tem sido compreendida pela historiografia como um reflexo das determinações da Coroa portuguesa, em meio ao contexto intelectual Ilustrado, tendo como referência a história natural. A partir da perspectiva da história ambiental, esta tese analisa essas visões de Natureza como um desdobramento da experiência concreta desses personagens no Vale Amazônico. Portanto, são descrições elaboradas a partir da interação de seus autores com o mundo natural amazônico e não apenas conteúdos produzidos diante das determinações do governo português. A tese também buscou apresentar a Natureza do Vale como um elemento que gerou inflexões no processo de ocupação portuguesa no Vale, reorganizando os planos dos agentes da Coroa, recusando considerá-la como cenário estático e passivo diante das interferências humanas. Dessa forma, o estudo evidencia que a vida vivida no Vale foi determinante para a elaboração dos relatos sobre a Natureza no tempo das demarcações.

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