segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Histórias de natal ou Quando foi que deixamos de ser animais

As festas de Natal têm sido muito bem aproveitadas pelo sistema capitalista para incentivar ainda mais o espírito consumista de cristão e não cristãos.  Entretanto, a narrativa bíblica nos permite pensar sobre questões históricas e teológica para além das comemorações em que o papai Noel erroneamente é o personagem principal. 

Falando em personagens, este post é pra chamar atenção aos moradores da estrebaria que participam da cena escrita nos Evangelhos. "E isto vos será por sinal: Achareis o menino envolto em panos, e deitado numa manjedoura" Lucas 2:12. Temos aqui uma história que nos permite conhecer a vida vivida na Judéia, a criação de animais e o empréstimo da manjedoura para ser o berço do filho de Deus.

O estábulo é um lugar em que os outros animais dão à luz seus filhotes e a manjedoura é onde se deposita o alimento para as vacas, cavalos e outros bichos que ali repousam seguros dos perigos da noite. Parece que a história do Natal nos faz lembrar que nós, humanos, também somos animais que por nossa conta decidimos não mais nos considerarmos como tais, fato que trouxe mais prejuízos do que civilização


"Adoración de los pastores”,
Bartolomé Esteban Murillo, hacia 1650
Fonte: Museo del Prado

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

II SAHN: conferência de abertura com Nelson Papavero

O II Seminário Amazônico de História e Natureza iniciou no ultimo dia 05 de dezembro com a conferência "O resgate de nomes populares dos animais do Brasil – de 1511 aos Glossaria de Martius (1860, 1863)" proferida pelo professor Nelson Papavero (USP), um dos mais importantes zoólogos brasileiros. Os organizadores do Seminário destacam a importância desse tipo de discussão diante na Amazônia, ressaltando a necessidade de desenvolver pesquisas no âmbito da história que dialoguem com outros saberes, enriquecendo e ampliando o debate.

Prof. Nelson Papavero - conferência de abertura
Na platéia, alunos, professores de pesquisadores das mais diferentes áreas do conhecimento prestigiaram durante os três dias do evento discussões que pretenderam estabelecer percepções interdisciplinares sobre o tema do meio ambiente a partir da experiência relatada pelos naturalista Spix e Martius no século XIX. Todos atentos, acompanhamos uma brilhante conferência em que o prof. Papavero discutiu sobre a taxonomia ao longo do tempo, relacionando aspectos sociais e políticos que perpassam essa disciplina.

auditório Alexandre Rodrigues Ferreira

domingo, 8 de outubro de 2017

II Seminário Amazônico de História e Natureza: sobre as pegadas de Spix e Matius, 200 anos

O Grupo de Pesquisa em História e Natureza (GRHIN/UFPA) tem a satisfação de convidar a comunidade acadêmica para participar da segunda edição do Seminário Amazônico de História e Natureza (2º SAHN). O evento acontecerá entre os dias 05 e 07 de dezembro de 2017 no auditório Alexandre Rodrigues Ferreira que se localiza no Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi. 
O 2º SAHN é uma realização do GRHIN que desenvolve seus trabalhos na UFPA - campus Ananindeua, com o apoio do Museu Paraense Emílio Goeldi. Nesta edição contamos com a parceria da Universidade Federal do Mato Grosso. 
O Seminário abordará questões envolvendo a atuação dos naturalistas Spix e Martius, em alusão aos 200 anos da Viagem ao Brasil. As palestras buscarão apresentar discussões interdisciplinares envolvendo o contexto histórico, linguístico, botânico entre outras áreas do conhecimento, permitindo-nos refletir sobre o século XIX no Brasil, com destaque para a Amazônia e a perspectiva ambiental. 

Para inscrições e informações clique aqui 

PROGRAMAÇÃO

05 de dezembro - Terça-feira
15:00h -  Abertura

15:30 - Conferência de Abertura
"O resgate de nomes populares dos animais do Brasil - de 1511 aos Glossaria de Martius (1860, 1863)"

Conferencista: Prof. Nelson Papavero. Zoólogo. Universidade de São Paulo - USP
Mediador: Prof. Pablo Diener - UFMT

06 de dezembro - quarta-feira

9:30 - 12:00
Mesa 1. Taxionomias: plantas, paisagens e línguas
Coordenação - Profa. Maria de Fátima Costa - UFMT

Participantes:
Prof. Sanderson Oliveira. Linguista, Universidade do Estado de Amazonas - UEA
"A contribuição linguística da expedição de Spix e Martius: uma primeira aproximação"

Prof. Ricardo de Souza Secco. Biólogo - Museu Paraense Emílio Goeldi.
"Plantas descritas por Martius, recoletadas na Amazônia brasileira: o acervo do Museu Goeldi"

Prof. Francivaldo Nunes. Historiador - UFPA.
"Entre lavoura errática e indicativos de moderna plantação: leituras de Spix e Martius sobre a paisagem rural amazônica"

12:00 - 14:30 - Almoço

06.12 - Quarta-feira - TARDE
14:00 - 17:00

Mesa 2. Nuances no olhar dos viajantes: entre prático e o científico
Coordenação:  Marcelo Dergan - UFPA

Participantes
Profa. Sidiana da Consolação Ferreira de Macêdo. Historiadora - UFPA
"As práticas de comer na Amazônia: um olhar a partir de Spix e Martius".

Profa. Maria de Fátima Costa: Historiadora - UFMT
"Entre as palavras e as imagens: as narrativas de Spix e Martius"

Profa. Helidacy Corrêa. Historiadora - UEMA
"O Olhar de von Martius para o Maranhão - notas de pesquisa"

17:00 - Lançamento de livros

07 de dezembro - quinta-feira

8:30 - 9:15
Visita guiada a herma de Spix e Martius nos jardins do Museus Goeldi.
Coordenação: Nelson Rodrigues Sanjad - Museu Goeldi

09:30 - 12:00
Mesa 3. Outras conexões para a viagem bávara
Coordenador: Prof. Mauro Cezar Coelho - UFPA

Participantes
Prof. Wesley Oliveira Kettle. Historiador - UFPA

"A Amazônia de Spix e Martius informada pelos demarcadores de limites"
Prof. Luiz Barros Montez. Linguísta - UFRJ

"Historiografia e intertextualiadade. Referências a Martius no espólio documental de Johann Baptist Natterer"

Prof. Pablo Diener. Historiador - UFMT
"Martius e Goethe: diálogos sobre a viagem ao Brasil"

Almoço - 12:00 às 14:00

07.12 - TARDE
14:00 - 15:30

Mesa 4 - Mundos amazônicos e descrições naturalistas: entre passado e presente
Coordenação - Prof. Francivaldo Nunes - UFPA

Prof. José Maia Bezerra Neto. Historiador, Universidade Federal do Pará - UFPA.
"Para além das florestas: o mundo rural amazônico através dos viajantes".

Prof. Narcísio Costa Bigio. Biólogo: Universidade Federal de Rondônia - UNIR.
"O legado de Martius para a Botânica do século XXI"

15h30-16h30

Conferência de encerramento

"A propósito de Carl Friedrich von Martius: questões historiográficas para pensar os viajantes"

Prof. Nelson Rodrigues Sanjad (MPEG) 

Mediador: Prof. Wesley Kettle - UFPA

INSCRIÇÕES

Preencha o formulário de inscrição clicando no link a seguir
ou
Envie email para  2017sahn@gmail.com  informando:
1. Nome
2. Instituição
3. Titulação
4. Tel
5. Informação de atendimento especial / deficiência 

O pagamento da inscrição será realizado no credenciamento do evento.
É indispensável a inscrição para a entrada na portaria do Museu Paraense Emílio Goeldi.
A entrada será realizada pela portaria do parque localizada na Travessa 09 de janeiro. Levar documento de identificação.

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Entre Garças, Conchas e Tinta de Carajuru: história, arquitetura, arte ornamental e transculturação no Grão-Pará Setecentista


Dia 5 de outubro, quinta-feira, às 9h, na Igreja de Santo Alexandre (Museu de Arte Sacra) na cidade de Belém do Pará. Defesa de tese de doutorado de Domingos Sávio Oliveira, Entre Garças, Conchas e Tinta de Carajuru: história, arquitetura, arte ornamental e transculturação no Grão-Pará Setecentista. Banca examinadora: Aldrin Moura de Figueiredo (orientador), Luiz Freire (PPGAV-UFBA); Karl Arenz (FAHIS-UFPA), Elna Trindade (FAU-UFPA) e Agenor Sarraf (PPGH-UFPA). Todos convidados!

sábado, 26 de agosto de 2017

Jardim Botânico de Madri pt 01





Os jardins botânicos ao longo de todo o século XVIII alcançam um papel político muito importante no contexto europeu. Em visita ao jardim botânico de Madri, fizemos alguma imagens da exposição permanente que conta com iconografias que nos permitem pensar na dimensão ambiental do processo de expansão ultramarina ibérica.

terça-feira, 15 de agosto de 2017

No Oeste, a terra e o céu: a expansão da fronteira agrícola no Brasil Central


Lançamento do livro de Sandro Dutra e Silva, "No Oeste, a terra e o céu: a expansão da fronteira agrícola no Brasil Central"
Dia 18 de Setembro
Livraria da Travessa, Botafogo, Rio de Janeiro.

Sobre o livro:
Dutra e Silva nos faz viajar pela região de uma forma agradável e fazendo com que nos sintamos integrantes da sua história. Sem dúvida, a obra No Oeste a terra e o céu é leitura obrigatória para qualquer um interessado em entender as expansões das fronteiras agrícolas no Brasil e as alterações drásticas causadas nos biomas. 
Eunice Nodari, professora titular da Universidade Federal de Santa Catarina

Neste importante livro, Dutra e Silva examina uma fronteira mais nova do que a América do Norte: a fronteira do Brasil Central, que se tornou o lócus do imperialismo ocidental nas décadas de 1930 e as subsequentes. 
Donald Worster, Hall Professor of American History Emeritus, University of Kansas

Dutra e Silva convida o leitor para uma Marcha para o Oeste diferente de qualquer filme de faroeste. É uma história rigorosa e emocionante que traz à tona narrativas urbanas no sertão, florestas tropicais recortadas pelo suor de lavradores, sonhos descalços de "pioneiros" ao lado de deliberadas desigualdades na terra que é apropriada pelo avanço da fronteira agrícola. É uma história ambiental inesquecível e necessária para estudiosos do Brasil moderno, em sua complexidade e desafios. 
Lise Sedrez, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Através do exame das experiências rurais e dos espaços urbanos das colônias e das percepções dos moradores sobre a vida nas fronteiras, Dutra e Silva ilustra a duradoura luta entre sociedade e natureza no Brasil. 
Robert W. Wilcox, Professor Associado de História, Northern Kentucky University

Enquanto este rico e ilustrado livro tem muito a oferecer sobre o tema da expansão da fronteira agrícola, particularmente sobre a colonização em Goiás, sua importância vai além das pesquisas sobre o grande Oeste do Brasil, como o seu título propõe. Ele é valioso por revelar uma rede que no passado ocorria entre os hemisférios norte e sul, incluindo geógrafos, aventureiros, exploradores e até mesmo astros de Hollywood vindos dos Estados Unidos. Por fim, o livro é uma singular contribuição para a internacionalização da história ambiental nas Américas. 
Stephen Bell, University of California, Los Angeles.

sexta-feira, 21 de julho de 2017

Você acredita em encantados?

Por Moema Alves*

Há alguns meses, fazendo um passeio de barco com um pescador por alguns furos da vila de Algodoal, que fica na Ilha de Maiandeua, município de Maracanã (PA), ouvi várias lendas e histórias sobre os moradores mais antigos do local. Aprendi porque o tralhoto, simpático peixinho amazônico que parece pular sobre a água, vive na superfície, e porque o baiacu é pintado de branco e verde. Soube, também, que seu pai chegou a ver a Princesa, mulher loura e encantada cuja beleza maravilha os homens da ilha.
Quando lhe perguntei se ele próprio já tinha tido a oportunidade de vê-la, disse que não, mas que há uns quatro anos viu a Curupira e se perdeu por conta de seus encantamentos para evitar que ele continuasse a catar caranguejos. E depois de uma breve pausa, comentou, quase como um desabafo, que essas histórias que ele estava me contando eram muito comuns antes, “no tempo dos antigos”, mas que agora esses encantados não ficavam mais por lá, estavam “sumindo”...
- “Sumindo, Seu Dico? Como assim?”
E a explicação veio de forma tão simples e tão certeira, que até me sensibilizou: nos últimos anos, muita gente da cidade foi morar na ilha, pessoas que não conhecem aquelas histórias como os antigos conheciam e principalmente, que não acreditam nelas. Como os antigos foram morrendo e os novos não acreditam no mundo dos encantados, eles se mudaram para outras localidades mais longe. Além disso, agora a ilha atrai muitos turistas, muita gente diferente, fazendo com que as entidades não fiquem à vontade para aparecer.
E dessa forma, Seu Dico explicou a importância da crença para a sobrevivência dos entes fantásticos tal qual J. M. Barrie explicou em Peter Pan. Se em seu livro, as fadas morrem quando as crianças deixam de acreditar nelas, em Algodoal, na narrativa de Seu Dico, os encantados se mudam para onde acreditem neles. Se em Peter Pan é a inocência e a credulidade das crianças que permitem que as fadas vivam, nos pontos mais afastados dessa gostosa ilha paraense, onde ainda não tem tantas pessoas para questioná-las, as lendas também ainda podem viver tranquilamente.
Assim, um despretensioso passeio de barco tornou-se bem mais que uma agradável apreciação da natureza, foi uma verdadeira aula sobre memória local e tradição oral; sobre lendas amazônicas; sobre como os processos de ocupação vão influenciando nas formas de vivenciar um local. Terminei o passeio agradecendo a oportunidade de ouvir aquelas histórias e torcendo para que elas perdurem na narrativa local; saí querendo que aquelas explicações de mundo e formas de entender a natureza não precisem mais se mudar...

E se cada vez que uma criança diz que não acredita em fadas, em algum lugar uma delas morre, cada vez que um adulto deixa de acreditar nas histórias de encantados, um deles também morre nas narrativas de lugares como Algodoal. Não vamos ser nós que vamos contribuir para isso, não é? Então repitam comigo: “Eu acredito em encantados!”.

*Historiadora, especialista em Patrimônio e doutoranda em História na Universidade Federal Fluminense.

segunda-feira, 3 de julho de 2017

A história italiana e os cítricos: o passado por meio do limoeiro



Helena Attlee, autora de 'El país donde florece el limonero', é uma importante pesquisadora de jardins. Ao longo de 10 anos Attlee reuniu documentos que a possibilitaram escrever uma história da Itália em uma perspectiva pouco convencional. 

Utilizando de um profundo conhecimento históricos, delicadeza e sendo de humor a autora destaca as origens dos cítricos, da gastronomia italiana, considerando a horticultura como uma arte e as receitas como fontes históricas. As cores, texturas, aromas, as descrições de paisagens são importantes para montar sua narrativa sobre a história da interação das sociedades que viveram na península itálica em relação ao mundo natural. A história da Itália por meio do limoeiro.

Um trecho da obra em http://www.acantilado.es/wp-content/uploads/el-pais-donde-florece-el-limonero-extracto.pdf 


domingo, 25 de junho de 2017

Amazônias em tempos contemporâneos: entre diversidade e adversidade

Amazônias em tempos contemporâneos: entre diversidades e adversidades é o título do livro lançado no dia 12 de junho, organizado pelas pesquisadoras Jane Felipe Beltrão e Paula Mendes Lacerda. 

A obra reuni autores que discutem a Amazônia brasileira, com base em seus trabalhos na região, expondo as diversidades que integram politicamente o contexto. Os autores são de formação diversificada e têm em comum a luta por um Brasil plural e democrático. São eles: Ana Lúcia Pontes, Antonio Carlos de Souza Lima, Antonio Motta, Assis da Costa Oliveira, Bruno Pacheco de Oliveira, Camille Gouveia Castelo Branco Barata, Clarisse Callegari Jacques, Jane Felipe Beltrão, Katiane Silva, Laise Lopes Diniz, Luiza Garnelo, Mariah Torres Aleixo, Paula Mendes Lacerda, Rita de Cássia Melo Santos, Rodrigo de Magalhães Oliveira, Rosani de Fatima Fernandes, Rhuan Carlos dos Santos Lopes, Sully Sampaio, Thiago Lopes da Costa Oliveira, e William César Lopes Domingues.

O paradidático está atento às questões ambientais relacionada à região amazônica. Nesse sentido, divulgamos aqui o link de acesso do material completo. Clique aqui.


quinta-feira, 22 de junho de 2017

Diálogo interdisciplinar com a turma de Mestrado em Agriculturas Amazônicas



A convite do professor Fávio Barros, estivemos conversando nesta quarta-feira, 21 de junho, com a turma de mestrado em Agriculturas Amazônicas e Desenvolvimento Sustentável pertencente ao Programa de Pós-Graduação em Agriculturas Amazônicas e ao Núcleo de Ciências Agrárias e Desenvolvimento Rural - UFPA.

Na oportunidade, apresentei os resultado de minha pesquisa de doutoramento intitulada 'Ciclopes e profestas no Vale Amazônico: visões de natureza no tempo das demarcações (1750-1799). Apesar do desta para as representações de natureza no século XVIII, desenvolvemos uma reflexão considerando a relação da percepção sobre o mundo natural presente nos relatos de viagem Setecentistas e aquelas que fazem parte do imaginário atual, especialmente sobre a Amazônia.

Devo ainda ressaltar a importância e a riqueza dos diálogos interdisciplinares, pois os alunos da turma possuem distintas formações como cientistas sociais, antropólogos, engenheiros, historiadores geógrafos, entre outras áreas do conhecimento. 

quinta-feira, 8 de junho de 2017

terça-feira, 30 de maio de 2017

Colóquio Diálogos Ambientais

Ciência e meio ambiente: ensino, pesquisa e extensão no campus de Ananindeua



05 de junho de 2017
Auditória Marajoara - Campus Ananindeua - UFPA

09: 00 - Credenciamento
10:00 - Abertura

10:30 – 12:30 – Mesa-redonda 1
Tema: Ciência e práticas ambientais: experiências no ensino superior
Prof. Drª Kellen Heloizy Garcia Freitas (Faculdade de Química)
Profº Me. Enilson da Silva Souza (Faculdade de Geografia)
Prof. Me. Paulo Alves de Melo (Faculdade de Geoprocessamento)

14:00 – 16:00 – Mesa redonda 2
Tema: A perspectiva ambiental e o diálogo com a sociedade: relatos e aproximações
Prof. Dr. Wesley Oliveira Kettle (Faculdade de História)
Profº Dr. Marcelo Augusto Machado Vasconcelos (Faculdade de Geoprocessamento)
Paulo Martins (Técnico em agropecuária)

16:00 – 17:30 - Conferência
Prof. Drª Marilena Loureiro
Coordenadora Institucional do Programa de Iniciação à Docência/PIBID/UFPA. Coordenadora Institucional do Programa Laboratórios Interdisciplinares de Formação Docente da UFPA/LIFE/CAPES. Doutora em Desenvolvimento Sustentável no Trópico Úmido - NAEA –UFPA. É Professora Adjunto da Faculdade de Educação, do Instituto de Ciências da Educação - UFPA, onde coordena o Grupo de Pesquisa e Estudos em Educação, Cultura e Meio Ambiente - GEAM. É professora do Programa de Pós Graduação em Gestão dos Recursos Naturais e Desenvolvimento Local na Amazônia - PPGEDAM/Núcleo de Meio Ambiente/UFPA, e do Programa de Pós Graduação em Educação - PPGED, do Instituto de Ciências da Educação/UFPA.

Local: UFPA - Campus Ananindeua
Inscrições no link: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLScBht-EioecVGSLhJzvyk7quHlGGO6xP--1MVU3NJNTvlHrMg/viewform?usp=form_confirm
Contato: dialogosufpa@gmail.com
Haverá certificação

quarta-feira, 1 de março de 2017

Portela campeã 2017: carnaval, história e natureza

Hoje, após 33 anos de jejum, a Portela voltou a conquistar o título de campeã do carnaval carioca 2017. A agremiação foi muito feliz ao perceber as conexões entre as águas e a história da humanidade, transformando em poesia essa relação. A partir dos rios de água doce, a Escola contou a história das civilizações que se desenvolveram às margens dessas artérias de vida, destacando como as manifestações culturais e religiosas se apropriaram ao longo do tempo das águas como símbolos.

A Portela transformou a Avenida em um grande rio, que, por meio dela, passavam os personagens e acontecimento que construíram e constroem a história. Poeticamente,
os rios foram retratados como oráculos velhos e novos, que não pode retornar ao passado, mas que sem eles não é possível compreender a história da vida na Terra.

O enredo também considerou a íntima e profunda relação entre os humanos e as águas dos rios, ligados pelo corpo e pela alma. Foi explorado uma série de símbolos utilizados pelas mais diversas religiões e culturais que se remetem caminhos fluviais. Fez questão de lembrar do crime ambiental cometido pela Vale do Rio Doce em Mariana (Foto: Portal G1).

Muitas vezes a história, como disciplina, não considera o rio como um personagem protagonista ao construir a narrativa sobre o passado. Descuidados, muitas vezes os historiadores tratam as águas como cenários estáticos ao escreverem sobre o passado. A Portela mostrou o que é fazer história ambiental com arte, sem deixar de criticar os danos provocados pelos humanos às águas.

A história ambiental é isso: contar a história da humanidade considerando o mundo natural como uma janela indispensável para compreensão do passado. Com atenção e cuidado, podemos perceber que não é possível contarmos a história do Brasil sem falarmos dos rios, além de que estaremos valorizando esse elemento essencial para sobrevivência da nossa espécie, que, infelizmente tem sido agredido. "Quem nunca sentiu o corpo arrepiar ao ver esse rio passar "?

terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

História Ambiental obrigatória na Índia

A história ambiental tem ocupado um lugar de destaque no ensino superior indiano. Caracterizada pelo debato interdisciplinar, a disciplina deve fazer parte do currículo em cursos de graduação e pós-graduação como , disse Vipul Singh, Professor Associado no departamento de História da Universidade de Delhi.

A compreensão que importantes nomes da educação indiana tem é de que a disciplina pode ajudar a lidar efetivamente com as questões relacionadas à  temas como as mudanças climáticas além de gerar emprego com foco na conservação.

Um plano do governo indiano é o de interligar os mais importantes rios daquele país, no entanto, a história ambiental nos permite conhecer que essa ação não é nova, ela remonta o século XIX, quando os agentes do governo já reconheciam os problemas ambientais que esse plano causaria.

Outra informação importante é o fato de que a história ambiental foi sugerida pelo Supremo Tribunal Federal para fazer parte das disciplinas obrigatórias no Ensino Superior. 

Fonte: www.thehindu.com

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

"Sem medo de Deus ou das Justiças": palestra profª Ângela Domingues

Informamos que no dia 13 de março, às 14 horas, no Auditório do IFCH, haverá a abertura do ano letivo do PPHIST com a realização da palestra intitulada "Sem medo de Deus ou das Justiças": os poderosos do sertão e o discurso colonial de Francisco Xavier de Mendonça Furtado para os indígenas do Grão-Pará (século XVIII), ministrada pela Profª. Drª. Ângela Vieira Domingues (Universidade de Lisboa).