sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Natureza, arte e lembrança no Itaú Cultural SP

[Mayra Biajante - São Paulo-SP]  Quantas lembranças passam pela nossa vida? Estamos sempre com saudade de algo.

Em diversos momentos relembramos épocas que vivemos: fatos engraçados, tristes, de amor e de dor. Lembramos das pessoas que conhecemos e de lugares pelos quais passamos. Da nossa infância, da época da escola, do primeiro beijo.

A fotografia sempre me encantou por poder preservar memórias através da imagem. Ela tem a capacidade de guardar um fragmento desses momentos e, ao olharmos de novo pra ela, conseguimos reviver aquelas emoções. É possível congelar aquele momento, que permanece presente, apesar da sua ausência.

E esse é o tema proposto pela exposição “A Arte da Lembrança – a Saudade na Fotografia Brasileira”. Com curadoria de Diógenes Moura, a mostra possui mais de 100 obras de 36 artistas brasileiros, produzidas entre 1930 e 2014.


Nela, o público é convidado a navegar por esse universo pessoal e universal, passando pelos extintos fotógrafos lambe-lambe, pelos retratos das noivas com seus véus e buquês, pelo vazio de casas e hotéis e, finalmente, pela saudade que a morte a morte trás.

Durante a minha visita à exposição, notei que a natureza estava presente em grande parte das obras. Nos cenários que compõem os retratos, no buquê das noivas, crescendo e tomando conta de lugares abandonados ou enfeitando caixões.

A natureza é parte integrante da composição e ajuda a construir essas lembranças, a tecer história de cada indivíduo e a alimentar a saudade de tanta gente.

Visite:
A Arte da Lembrança
Itaú Cultural - SP
de 24 de janeiro a 8 de março de 2015
terça a sexta, das 9h às 20h [permanência até as 20h30]
sábado, domingo e feriado, das 11h às 20h
pisos 1 e -1
[livre para todos os públicos, com exceção de parte do piso -1: classificação indicativa 12 anos]

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

História Ambiental na ANPUH Nacional 2015: mesas e conferências

O post de hoje é para noticiar algumas apresentações que ocorrerão na ANPUH Nacional 2015 sobre a perspectiva da História Ambiental, confiram:

Conferência - 28 de Julho de 2015 (terça-feira - 19:00)

In Search of the Amazon: Brazil, the United States, and the Nature of a Region

Seth Garfield (Universidade do Texas)

Mediador:  Henrique Espada Rodrigues Lima Filho (UFSC)

Diálogos contemporâneos - 30 de Julho de 2015 (quarta-feira - 10:00)

Meio ambiente e história: olhares transdisciplinares

Proposta: Dada a magnitude que os problemas ambientais vêm tomando em nível mundial, a inclusão da perspectiva ambiental permite repensar temas tradicionalmente tratados pela História, para melhor entender a complexidade da questão relativa a exploração dos recursos naturais, os conflitos ambientais e os desastres "naturais" daí decorrentes.

Eunice Sueli Nodari (UFSC)
Eurípides Funes (UFC)
José Augusto Pádua (UFRJ)
Coordenador:  Silvio Marcus de Souza Correa (UFSC)

Também merece destaque a conferência (29.07 às 19:00)

Imagens e mapas: para além do visível

Maria de Fátima Costa (UFMT)

Mediadora: Nucia Alexandra Silva de Oliveira (UDESC)

Para saber mais acesse http://www.snh2015.anpuh.org/site/capa 

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

As panteras de Michelangelo

Após 130 anos de dúvidas, uma equipe multidisciplinar da Universidade de Cambridge  e do Rijkmuseum confirma ser Michelangelo o autor das duas esculturas de bronze que você ilustradas aqui. Os dois homens nus estão montados cada um em uma pantera.

A notícia me lembrou da surpresa que oficiais do governo italiano tiveram ao avistar em 2011 um desses animais em uma zona turística. As florestas onde esses felinos viviam foram extintas levando-os a serem eliminados daquele ecossistema.

As esculturas de bronze de Michelangelo também nos lembram como os animais de montaria representam vitória e glória aos humanos esculpidos em obras de arte. Com mais frequência encontramos por todo mundo obras com grandes personalidades cavalgando em cavalos. 

As panteras de Michelangelo nos permitem conhecer a representação desses felinos por esse renomado artista. Também nos faz pensar sobre como esses animais ainda resistiam na Renascença pelos bosques italianos, símbolos de poder e majestade - marca de todos os grandes felinos.