A modernização de uma cidade, em alguns momentos, pode deixar de lado a natureza e suas grandiosidades. Isso é péssimo! A cultura, a sociedade, os seres vivos não vivem sem ela. Desde que o mundo é mundo, o meio ambiente está presente em todas as mudanças feitas no espaço e tempo. A cultura depende também da biodiversidade, principalmente na Amazônia.
O Parque Antônio Danúbio, primeiro parque ambiental do município de Ananindeua - PA acabou caindo no esquecimento, da população, e será que também das políticas públicas? Ou será que até mesmo ele fora apresentado para a sociedade ananindeuense?
Recentemente, ao buscar o
Parque na internet, especificamente no Google, você verá que o mesmo se
encontra fechado. Segundo Murakami Vidigal (2021), o Parque tem um grande
potencial patrimonial para a cidade de Ananindeua, mas infelizmente, sem a
preservação e o cuidado populacional e governamental, esse tipo de coisa acaba
ocorrendo, ou seja, ele fecha. É muito triste perceber que o primeiro parque
ambiental da cidade está esquecido e largado, não existem mais as estruturas e
atividades de antigamente. A fauna e a flora que ali existem, estão ali
sobrevivendo, dentro de um centro urbano, e mesmo assim, não tendo
reconhecimento de seus valores.
A biodiversidade,
principalmente na Amazônia, fala demais de nossos habitantes. Dentro do próprio
Parque podemos reconhecer a identidade, cultura e história de Ananindeua
através desses símbolos naturais. Contudo, sem esse cuidado e valorização do
espaço, acaba-se caindo no esquecimento, não sendo reconhecido o valor e a
potencialidade do espaço. É importante conhecer o nosso passado, o nosso presente,
para preservá-los também no hoje e no amanhã.
Falar do futuro requer
falar antes de qualquer coisa do tempo presente. Como pensar em uma sociedade
melhor se não estamos preservando o nosso próprio presente? O Parque como
patrimônio pode ser um recurso em tempo de crise, articulando o passado,
presente e futuro de uma região, além de memórias coletivas, identidade e
semióforos. (HARTOG, 2019).
Será possível resgatá-lo?
Se “salvo”, será que a comunidade também iria interagir cotidianamente no
espaço?
Referências
HARTOG, François. Regimes de
Historicidade: presentismo e experiências do tempo.
Belo
Horizonte: Autêntica Editora, 2019.
MURAKAMI VIDIGAL, Victória Emi.
Patrimônio Ambiental e Espaços Socioambientais e
Educativos
no Parque Ambiental de Ananindeua Antônio Danúbio. Diálogos
Ambientais
[recurso eletrônico]: com(ciência) e tecnologia. Belém – Pa:
Cabana, 2020, p. 49 - 61.
Disponível
em: https://drive.google.com/file/d/12FastWk_Qh-C1mfRrlMHxWRy12ZDRFS/view
*Victória Emi Murakami Vidigal é graduada em história pela Universidade Federal do Pará - campus Ananindeua e mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ciência do Patrimônio Cultural - UFPA.
Um comentário:
Muito bons e necessários os questionamentos.
Fiquei espantado quando, planejando uma visita recentemente, vi que ele estava fechado. Espero que o espaço continue como Parque Ambiental.
Postar um comentário