Anos 1940. Orlando (Felipe Camargo), 27 anos, Cláudio (João Miguel), 25, e Leonardo (Caio Blat), 23, os Irmãos Villas-Bôas, alistam-se na Expedição Roncador-Xingu e partem numa missão desbravadora pelo Brasil Central. Assim começa o filme "Xingu" que estréia amanhã nos cinemas.
Tive a oportunidade de estar em sua pré-estréia e recomendo para todos aqueles que se interessam por bons filmes e também pela discussão da relação entre o homem e a natureza. Para mim, um dos pontos altos do filme foi o encontro dos Vilas-boas com os índios fazendo com que nós, que estudamos a história colonial, não deixemos de pensar no momento em que os nativos se deparavam pela primeira vez com os europeus.
O filme também nos faz pensar nos problemas sociais que a ganância da terra gera. Os bastidores sujos da política indigenista. Na minha opinião, o filme consegue superar uma narrativa que trate dos Vilas-boas como mitos e heróis nacionais e conta uma história pouco conhecida - a criação do Parque Nacional do Xingu.
Senti vergonha de fazer parte, de alguma maneira, do progresso (outro tema muito bem discutido no filme), ao mesmo tempo em que me senti um pouco índio, pela minha ancestralidade de filho da Amazônia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário