Abaixo, publicamos a Carta que recebemos via e-mail, pois acreditamos que boa parte dos amigos que visitam nosso blog estão envolvidos com a pesquisa na perspectiva da história ambiental:
Carta Aberta: criação do Grupo de Trabalho de História Ambiental.
A História Ambiental, entendida como o estudo das inter-relações entre os seres humanos e a natureza de uma perspectiva histórica, tem passado por uma ampliação em todo mundo. A criação da Sociedade Latino Americana e Caribenha e História Ambiental – SOLCHA – em 2006 foi um importante marco em tal desenvolvimento. (http://solcha.uniandes.edu.co/index.php).
No Brasil há uma produção crescente, todavia as experiências dos colegas colombianos e mexicanos apontam que poderíamos ganhar muito com uma melhor articulação entre os pesquisadores que se identificam com a História Ambiental.
Isto posto, propomos a criação de um Grupo de Trabalho – GT. – de História Ambiental no âmbito da Associação Nacional de História – ANPUH. Já temos condições para tal conforme o exigido no Regimento Interno da ANPUH. Somos um conjunto de pesquisadores que se propõe “a trabalhar certo eixo temático em caráter contínuo”. Embora não tenhamos definido formalmente um “programa de atividades”, que “pode incluir debate, pesquisa, produção”, temos participado nos simpósios da ANPUH e começamos a organizar simpósios de História Ambiental, como o Simpósio Internacional de História Ambiental e Migrações (UFSC – Florianópolis) ocorrido em setembro 2010, entre outros eventos. O estabelecimento de um programa de atividades que amplie as nossas ações em conjunto para além dos debates que vem acontecendo nos simpósios da ANPUH só virá a contribuir com o amadurecimento da História Ambiental feita no Brasil.
De forma alguma tal proposta quer negar o caráter intrinsecamente interdisciplinar da História Ambiental, trata-se apenas de uma questão prática de aproveitar a infra-instrutora oferecida pela ANPUH e do fato de haver, faz anos, Simpósios Temáticos na área de História Ambiental que já são pontos de encontro dos pesquisadores no Brasil.
As normas para constituição de um GT estabelecem que eles devem ser constituídos primeiro no ambiente estadual. Desta forma o GT deve ser constituído de baixo para cima, a partir da auto-organização dos praticantes da História Ambiental no âmbito dos vários estados, sendo os encontros estaduais da ANPUH em 2012 um bom momento para tal organização Consideramos, portanto, que nos encontros estaduais da ANPUH a acontecerem em 2012, cada sessão deveria discutir a sua organização e efetivá-la como determinado pelo Regimento Interno, abaixo copiado. Com isso será possível até 2013, no XXVII Simpósio Nacional de História, a reunião de um GT Nacional que faça um plano de trabalho que busque a sinergia nas pesquisas, eventos, grupos de pesquisa em História Ambiental no Brasil, melhorando nossa parcela de contribuição para pensar um futuro ecologicamente sustentável e socialmente justo.
O desafio está lançado.
Saudações a todos os colegas.
Dora Shellard Corrêa – UNIFIEO – pdscor@uol.com.br
Ely Bergo de Carvalho – UFMG - SOLCHA – carvalho2010@yahoo.com.br
Eunice Sueli Nodari - UFSC
Gilmar Arruda - UEL
Haruf Salmen Espindola – UNIVALE
José Augusto Pádua - UFRJ
Paulo Henrique Martinez – UNESP
REGIMENTO INTERNO
DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE HISTÓRIA – ANPUH
CAPÍTULO III – DOS GRUPOS DE TRABALHO
ARTIGO 8º - Os Grupos de Trabalho (GTs) consistem em conjuntos de pesquisadores que se propõem a trabalhar certo eixo temático em caráter contínuo, definindo para isso um programa de atividades que pode incluir debate, pesquisa, produção, bem como a participação nos simpósios da ANPUH.
§ 1º - Os GTs serão coordenados por um associado da ANPUH com título de doutorado, concedido, ou revalidado ou reconhecido por entidade devidamente registrada perante o Ministério da Educação, escolhido bianualmente pelos membros do Grupo, preferencialmente em reunião realizada durante o Simpósio Nacional. Ao coordenador do GT caberá:
a. Organizar o GT, acadêmica e administrativamente;
b. Elaborar o plano de trabalho do GT;
c. Divulgar as atividades do GT;
d. Elaborar relatórios de atividades, base do credenciamento do Grupo junto
à ANPUH.
§ 2º - Os GTs deverão, necessariamente, se organizar no interior de pelo menos 2 (duas) Sessões Estaduais e incluir pesquisadores de, no mínimo, 3 (três) instituições diferentes de ensino e pesquisa na área de História.
§ 3º - Os GTs deverão apresentar, para seu reconhecimento, uma participação regular nos eventos da ANPUH, seja em âmbito estadual, seja em âmbito nacional. § 4º - Os GTs estarão abertos à participação dos associados da ANPUH.
§ 5º - Os GTs deverão se credenciar junto à ANPUH Nacional mediante a apresentação de relatório circunstanciado do qual conste:
a. Definição de seus objetivos e relevância acadêmica do tema do GT/
b. Relatório circunstanciado da formação e das atividades já desenvolvidas
pelo Grupo;
c. Relação dos participantes e perfil profissional dos mesmos.
§ 6º - O credenciamento dos GTs deverá ser renovado pela Diretoria Nacional a cada quatro anos, mediante a apresentação, por parte do Coordenador, de novo relatório circunstanciado com os mesmos itens previstos no parágrafo anterior.
Ver: http://www.anpuh.org/download/download?ID_DOWNLOAD=576
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