
Resumo:
Nesta comunicação, proponho uma leitura não-antropocêntrica da história territorial brasileira. Em primeiro lugar, procuro reconstruir teoricamente o conceito de território de modo a incluir e ‘subjetificar’ toda e qualquer coisa terrena, no domínio da agência histórica. Para evitar o espacialismo abstrato (geométrico) de muitas das geografias tradicionais, sugiro abordar o território como um campo vital contínuo (i.e., sem ‘buracos’), diversificado e todo-abrangente de que os humanos participam, como condição necessária de sua existência terrena. Desenvolvida essa teoria, passo a utilizá-la para a construção de uma breve narrativa acerca do encontro e das adaptações recíprocas entre florestas costeiras, ameríndios, colonos neoeuropeus e formigas cortadeiras, durante a colonização portuguesa. A título de conclusão, ressalto o contraste entre a atitude ‘dialogal’ e a atitude ‘colonial’ com que ameríndios e neoeuropeus, respectivamente, participavam dos encontros ecológicos, mais-do-que-humanos, que proponho chamar de territórios
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