![]() |
Elmer Fudd |
A figura de Elmer Fudd, chamado de Hortelino no Brasil, permiti-nos pensar sobre a cultura armamentista, caça esportiva e violência dos humanos diante dos outros animais. A Warner Bros debocha desse fetiche pelas armas por meio do personagem Pernalonga, que ridiculariza Hortelino ludibriando o caçador.
Nos primeiros desenhos em que aparece Elmer Fudd, na década de 1930, o conflito parece ser mais intenso e agressivo. Com o passar do tempo, a Warner transforma Hortelino em um gordinho bobo e com pouca segurança, mas firme com sua espingarda na mão.
No episódio "Herr Meets Hare", Pernalonga enfrenta um caçador bem maior que ele, representando o Nazismo e os seguidores de Hitler. Observamos uma crítica direta a postura autoritária e a insistência em parecer 'machão' por parte do caçador. O coelho não deixa por menos, debocha e ridiculariza o comportamento violento daquele que quer ser seu algoz.
Durante o episódio um personagens parecido com um abutre ajuda o caçador capturar o debochado Pernalonga, levando-o até a presença de Adolf Hitler. O líder nazista o condecora, mas, assusta-se com a aparição de Pernalonga caracterizado do russo Josph Stalin.
Sabemos que há uma clara representação dos Estados Unidos na figura do coelho. Mas, gostaria de tomar a atitude de deboche de Pernalonga diante do fetiche das armas para pensar como as expressões artísticas utilizam sua linguagem para enfrentar o discurso de ódio que impacta negativamente as florestas.
Este post é pra dizer que apesar do aumento assustador do número de Hortelinos, os Pernalongas resistem, uns mais debochados que os outros, mas resistem, por mais perigoso que isso possa ser.
Um comentário:
Muito bom artigo.
Postar um comentário