segunda-feira, 14 de novembro de 2011

A Rocinha quando era uma roça pequena: árvores, animais e fotos

Diante dos acontecimentos do dia de ontem (a invasão da polícia na Rocinha), gostaríamos de postar um conjunto de fotografias que mostram a favela da rocinha no século passado e como as árvores e animais compõem a paisagem (click na imagem para ampliá-la).

O morro entre a Gávea e São Conrado abrigava uma chácara, nos anos 1920. A localidade pacata era de onde partiam os agricultores rumo aos arredores do Hipódromo da Gávea, onde vendiam o que haviam plantado. Quem por lá passava e perguntava de onde vinha o alimento recebia como resposta: “Vem da rocinha”.

A primeira fotografia retrata justamente essa primeira propriedade (fazenda de gado Quebra Cangalhas) a ocupar onde hoje é a favela da rocinha, vemos a criação de gado como principal objetivo a ser demonstrado.



Abaixo você observa a praia de São Conrado ao fundo e a tensão a transformação da paisagem, que passou de um um núcleo rural, ocupado por posseiros que tinham em uma pequena agricultura de subsistência, em um lugar de moradias a foto é de 1958.


A imagem abaixo (Laboriaux) mostra o avanço das casas sobre a robusta floresta da Tijuca que cobria o morro. Note a preocupação do fotógrafo em retratar o ponto máximo em que as construções chegavam naquele momento. Na parte inferior da foto podemos perceber que as árvores são quase ausentes.

A foto seguinte busca um panorama do morro dois irmão e ao centro a comunidades já bastante consolidada. Podemos conhecer a parte plana com pouca cobertura vegetal e a praia de São Conrado.


Esta fotografia colorida nos permite visualizar com mais nitidez a exuberância do morro tomado pela vegetação própria da floresta da Tijuca. Observe o canto inferior direito onde notamos uma estrada enquanto no lado esquerdo as moradias já ocupando as partes mais altas.


Por ultimo, apresentamos um foto de 1969, uma visão do green do Gávea Golf Club (à direita da foto reparar na subida da grande torre do Hotel Naciona). Interessante notar que os limites da fotografia são a exuberância da montanha, privilegiando sua cobertura verde em detrimento da visão que já permitia notar a ocupação de migrantes e retirantes atraídos por empregos na Zona Sul carioca.

Para saber mais:

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