domingo, 7 de setembro de 2014

Animais divinos no Louvre: natureza no Egito Antigo

Todos que visitam o Museu do Louvre, em Paris, sabem que é muito difícil dar conta de tudo. Comigo não foi diferente. Decidi não visitar a parte das esculturas (olha que eu cheguei cedo). De todas as secções, a que apresenta os artefatos da mesopotâmia foi o que mais gostei. O post de hoje é sobre a sala dedicada ao animais de caráter divino - que quando eu visitei (jul-2014) estava em formação.

A relação dos egípcios com o mundo animal é no mínimo curiosa. Eles se alimentavam de gado, aves, peixes e caçavam animais silvestre ao passos que veneravam os representantes destas mesmas espécies. O carneiro, o crocodilo, o cachorro, o gato e outros tantos outros animais representavam divindades na vida religiosa do Egito desde os primeiros Faraós, como Nagda III e Ramsés.


O museu Louvre teve a sensibilidade de perceber quão importante eram os animais não apenas da dimensão espiritual, mas também como amigos dos moradores do Egito. Os gatos embalsamados são muito interessantes, a quantidade surpreende. Digo isso pelo fato de muitas das descrições das obras de arte ignorarem completamente a presença de animais nas pinturas.

Até mesmo crocodilos eram mumificados depois de serem oferecidos como oferendas nos templos, cenas que chamaram muito a atenção dos gregos e romanos. Fiquem pensando em que momento nossa sociedade perdeu esse respeito com os animais. Em que momento o cristianismo, por exemplo, virou as costas, para o mundo animal.


São inúmeros os monumentos, holocaustos, esculturas, histórias que envolvem os animais no Egito Antigo. As múmias de vários animais expostas no Louvre testemunham de uma sociedade que considerava os animais quando pensava no mundo sobrenatural. Nos ajuda também a pensar sobre as técnicas desenvolvidas no que se refere a mumificação desses bichos.

Não podemos pensar a história do Egito antigo sem levarmos em consideração os animais que faziam parte da alimentação, transporte e no caso do assunto aqui tratado, a religiosidade daquela civilização. A sala do Louvre , ao dedicá-la aos animais divinizados chama total atenção para essa parte indispensável da história do Egito no tempo dos Faraós.

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