Estive pesquisando na Biblioteca Comunale dell' Archiginnasio em Bolonha, em meados deste ano, em busca de documentos históricos referentes as questões de limites do Vale Amazônico no Século XVIII, pois alguns homens de ciência como Antonio Landi e Angelo Brunelli viveram nessa cidade italiana antes de viajarem para América. Nessa biblioteca encontrei uma exposição do trabalho de Alessandro Cervellati (1892-1974), eis o tema do post de hoje.
Alessandro Cervellati concluiu seus estudos de arte no Instituto de Belas Artes de Bolonha, em 1919. Com alguns amigos, fundou um periódico que satirizava questões do cotidiano por meio de xilogravuras e ilustrações. A exposição, acima referida, conta que ele foi colunista e cartunista da "Pug Evening". Publicou ao longo de sua carreira de ilustrador uma série de polêmicas atrevidas sobre acontecimentos da sociedade italiana.
Muitas de suas metáfora utilizaram a figura de animais. Dessa forma, ficava subtendido quem ele queria realmente atacar. A fauna comumente tem servido para esse fim ilustrativo, sendo atribuído aos animais características ou personalidades que nem sempre eles possuem. Meu objetivo aqui foi mais apresentar alguns desenhos desse italiano e como ele utilizou peixes, cavalos, porcos e outros seres vivos em seu trabalho.
Não só por conta do espírito polêmico quisemos mostrar no post de hoje, mas simplesmente alguns desenhos desse autor e como ele representou a Natureza. Além de seus animais servirem de metáfora, também podemos percebê-los como sendo ícones usados com inteligência, peixes transformados em símbolos, porcos enviando mensagens e críticas.
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