[Mayra Biajante - São Paulo] A fotografia do post de hoje registra um instante da história da Ilha Grande, sudeste do Rio de Janeiro, no município de Angra dos Reis.
O nome realmente faz jus ao tamanho da ilha. Ela é a maior do litoral da cidade, com 193 quilômetros quadrados e é preciso alguns dias e bastante fôlego para poder percorrer toda a sua extensão e conhecer as belezas que ela oferece (ou voltar algumas vezes, como eu pretendo fazer).
Além das praias lindas, a Ilha já foi palco de dois presídios. Um deles, na Vila de Dois Rios, encarcerou o escritor Graciliano Ramos. E depois de algum tempo ele até escreveu um livro baseado na experiência que viveu naquele lugar, o Memórias do Cárcere.
Hoje existem somente escombros e histórias sobre essa época, que podem ser vistos no museu construído no local.
Mas voltando á fotografia, o Arqueduto da Vila de Abraão foi construído na época imperial, em 1893.
Considerado uma das construções mais importantes da época, era responsável pelo abastecimento de água do Lazareto, uma casa de quarentena para onde eram levados os passageiros doentes que chegavam de navio ao Brasil.
Construído com pedra e óleo de baleia, o imponente Arqueduto tem 30 metros de altura e 140 metros de comprimento. Um artefato que atravessado por várias histórias, e que a natureza destrói ao mesmo tempo em que preserva.
Vale a pena conhecer a Ilha e fazer a trilha para lá, que é bem curtinha, cerca de 20 minutos saindo da Vila do Abraão.
* Um obrigada especial para o Victor, que me acompanhou na aventura e também está na foto :)
(O texto é de Mayra Biajante, fotógrafa e colaboradora deste blog, conheça seu trabalho clicando aqui)
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