quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Cores do Marajó

[por Mayra Biajante - SP]
Já faz um tempo que eu fui pro Pará.
E também faz um tempo que não escrevo para o HN. Tanta coisa acontecendo!
Mas como dizem, o tempo é rei, não é?
E esse tempo foi importante até pra poder falar dessas fotos.
Às vezes, um período é necessário pra gente poder digerir as coisas e enxergar o que ficou nas entrelinhas. Talvez seja a hora certa pra falar de lá!

Cores, sabores, arte, música, muito calor e aquela chuva linda no meio da tarde!
Conhecer o Pará foi uma mistura de experiências e sensações.
Açaí com peixe e farinha d’água, rio que parece mar, cachaça de jambu, tecnobrega, carimbó e guitarrada, búfalos na rua, mototáxi...égua! Tudo é tão diferente e tocante ao mesmo tempo.

E além de todas essas delícias, o que mais encantou o coração foi o jeito das pessoas. 
Próximas e atenciosas, os paraenses tem orgulho da sua cultura e tradição e te tratam com tanto carinho, como alguém da família. E eu achei isso lindo.


Eu conheci muita gente naqueles dias. Gente de lá e de outros lugares também.
Pessoas que viraram amigos e agora também fazem parte da minha vida. 
Pessoas que me falaram coisas importantes e sensíveis e que eu guardo até hoje dentro de mim. 
Pessoas que já reencontrei, que eu vejo quase toda semana e que quero muito ver de novo.
E isso é o que faz valer. Além das fotografias e recordações, eu trouxe comigo a amizade, que é tão valiosa.

Conheci alguns lugares no Pará, todos apaixonantes, mas escolhi mostrar o que me fez entrar em contato comigo mesma: Joanes, na Ilha de Marajó.
A Ilha de Marajó fica ao norte do Pará, distante 90 km de Belém, é o maior arquipélago flúvio-marítimo do mundo, formado cerca de três mil ilhas e ilhotas, e uma área de proteção ambiental.
Joanes é distrito de Salvaterra, um dos 16 municípios que formam a Ilha de Marajó.
Há cerca de 4 séculos, os padres da Companhia de Jesus chegaram ao local e construíram a Igreja do Rosário para catequizar os índios da região, cujas ruínas podem ser visitadas até hoje.


Por estar hospedada em Soure, um município vizinho, fui a Joanes de mototáxi, junto com Marina, uma portuguesa que conheci em Belém. Sim, três na mesma moto. Foi uma aventura!
Passamos o dia encantadas com a beleza e peculiaridade do lugar.
Sentamos sob a sombras das árvores que ocupam toda a praia, aproveitamos a água daquele rio sem fim, tivemos conversas incríveis sobre a vida. Observamos os búfalos se banhando, caminhamos pela areia e, às vezes, um barquinho de pesca passava. Era um dia de semana e o lugar era só nosso!
Joanes tem uma energia incrível, transmite calma e paz. Uma serenidade que renova.

Bom , o Pará é maravilhoso! Quem vai pra lá se apaixona.
E agora, depois desse tempo que passou, sinto saudade e alegria por tudo que eu vivi alí. Ainda volto pra lá!

Mayra Biajante é colaboradora deste blog. Para saber mais sobre seu trabalho clique aqui.

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