quinta-feira, 15 de agosto de 2013

No lugar das demarcações: minha expedição na Amazônia

Este é o primeiro dos posts sobre a viagem que fiz ao Amazonas com o objetivo de conhecer a cidade de Barcelos-AM. Minha pesquisa de doutorado trata das ideias de natureza dos comissários demarcadores de limites e outros personagens envolvidos nesse contexto, como os clérigos e governadores. A análise das fontes históricas me levavam especialmente a dar atenção para a aldeia de Mariuá, que seria mais tarde chamada de Barcelos.

Rio Amazonas e a sensação de ser um grande mar
Minha pesquisa, assim como este blog, se inscreve nos pressupostos da História Ambiental, que destaca dentre suas orientações, a importância de sentirmos a realidade bio-física do lugar onde se passaram os acontecimentos analisados, por isso decidi sair do Rio de Janeiro no dia 10 de Julho de 2013 rumo ao Amazonas.
Beira do Rio Amazonas

Antes de partir para Barcelos fui até a cidade de Itacoatiara (que fica a 4 horas de Manaus) para de lá pegar um barco e descer o Rio Amazonas até a cidade de Urucurituba. No século XVIII havia um trânsito intenso por todo o grande rio. Já havia feito algumas vezes esse percurso, mas agora foi diferente, vivi a travessia pensando em tudo que li nos documentos históricos. As cores da floresta nas margens, o céu como retratados nas vistas, e a quantidade assustadora de água.

Algumas vacas e bois pastando na beira do Rio Amazonas
Ao chegar em Urucurituba pude contemplar o por-do-sol no Rio Amazonas e toda sua grandiosidade. Além disso, pude conhecer não apenas a beira desse lugar mas também adentrei em direção contrária ao grande rio e encontrei lagos, banzeiros, brejo, percebendo outras tantas paisagens que contribuem para compor um cenário de diversidade e riqueza ecológica. Aqui nesse post publico algumas fotografias desse trecho.

Lago do arrozal e as atividades do sábado à tarde. Ao fundo uma estrada que serve para dar acesso a casas de farinha, plantações de mandioca e criação de gado.

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