quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Índia, história e natureza - parte 3/4

Retornando às nossas postagens sobre a exposição Índia - lado a lado, quero compartilhar 3 trabalhos muito ricos que nos apresentam essa relação que temos analisado aqui, entre a sociedade indiana e os animais.

O primeiro deles é a lápide de um cavalo, datada da segunda metade do século XIX, encontrada no maior Estado da Índia, Rajastão. Localizado no noroeste , o Rajastão faz fronteira com o Paquistão e é conhecido por ter em sua área terras desérticas, destaque para o Deserto de Thar. Esse lugar a locomoção dos seres humanos é muito facilitada por animais de carga, como o camelo e o cavalo.

A lápide, uma escultura em mármore, foi uma doação do banqueiro suíço-alemão Eduard von der Heydt (1882-1964) e está sob a tutela do Museu Rietberg Zurich e expressa a importância que o cavalo tinha naquela sociedade e para seu dono.

Os animais também aparecem nessa obra de cerâmica. Na base uma serpente, os cavalos outra vez carregando uma espécie de guerreiros e também camelos. Esses animais de alguma maneira contribuíam com atividades comerciais, transportando materiais. Muito interessante essa relação com a utilidade dos animais e sua expressão simbólicas - veja o Ganesh e sua forma de elefante.

Finalizamos com as máscaras de animais do Estado indiano de Karnataka, fabricadas de latão. Ao centro a máscara de Jumadi, uma divindade de Talu Nadu - área de Karnataka.

A representação de animais através de máscaras tem sido uma prática que tem sobrevivido desde tempos mais remotos. O poder e a fúria dos rostos de animais sempre encantaram o homem. Animais mitológicos e reais continuam a ser um componente poderoso de religião popular e ocupar um espaço sagrado nas mentes dos nativos.

Fotos de Maria Gabriela Bernardino.

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